Vicentinos da ilha terceira estiveram reunidos este sábado no quarto colóquio organizado pela única conferência estritamente masculina
A Conferência Vicentina de São Tomás de Aquino, sediada no Seminário Episcopal de Angra do Heroísmo, promoveu este sábado, 11 de março, o quarto colóquio vicentino, destinado à formação espiritual das conferências sediadas na Ilha.
Este encontro de “formação, reflexão, partilha e oração, destinado a todos os vicentinos” foi orientado pelo Padre Cipriano Pacheco, professor do Seminário Episcopal de Angra e teve por tema: “Da pobreza material, à indigência de Deus”.
“O balanço é muito positivo. Nesta quarta edição falámos da pobreza material com reflexões curtas onde se abordou a experiência dos evangelhos e a partir da qual o Pe Cipriano Pacheco partilhou a sua experiência pessoal, na relação com os vários movimentos de cariz social da igreja”, disse ao Igreja Açores o presidente da conferência organizadora, o seminarista Nuno Pacheco de Sousa.
“Foi muito engraçado porque neste colóquio conseguimos partilhar e sobretudo conseguimos apreciar o caminho que cada uma das conferências tem feito nestes últimos anos, vencendo medos e dificuldades e bebendo das experiências de cada um de nós contributos para a nossa caminhada na assistência social e espiritual”, precisou o seminarista.
O colóquio está dividido em duas partes: uma mais virada para as questões materiais e outra para as espirituais.
Com sede no Seminário Episcopal de Angra, a Conferência tem 62 anos e é particularmente ativa no contexto das conferências da ilha Terceira, organizando anualmente várias actividades entre elas esta sessão formativa para a qual são convidados todos os vicentinos da ilha, organizados em 13 conferências.
A Conferência Vicentina de São Tomás de Aquino foi fundada a 20 de Janeiro de 1955 pelos alunos do quarto ano de teologia, do Seminário Episcopal, tendo como primeiro presidente o Pe José Garcia e como assistente espiritual José Enes e, no dia em que foi constituída, foi também iniciado um costume que até hoje se mantém, o chamado “Pobre dos pobres”.
Esta tradição consiste na visita diária ao Santíssimo Sacramento por dois ou mais confrades que deverão, segundo a acta nº 1, pedir a Deus pela Sociedade de São Vicente de Paulo, pela Santa igreja, por Portugal e pelo Santo Padre.
Volvidos 62 anos esta conferência “mantém plena atividade, contando com 15 membros. Todos os seminaristas são vicentinos”.
Por trimestre, são feitas mais de 30 assistências. A conferência vive de donativos de vários sacerdotes e outros benfeitores que a auxiliam monetariamente.