
O Papa associou-se hoje à peregrinação do Movimento Pró-Vida italiano com uma mensagem, na qual elogia um projeto que “coloca a dignidade da pessoa no centro”.
“Conheço o valor do serviço que prestam à Igreja e à sociedade. Juntamente com a solidariedade concreta, vivida com o estilo de proximidade e de proximidade às mães em dificuldade por uma gravidez difícil ou inesperada, vós promoveis a cultura da vida em sentido lato. E procuram fazê-lo com franqueza, amor e tenacidade, mantendo a verdade intimamente unida à caridade para com todos”, escreve Francisco, na mensagem que foi lida pelo secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, na celebração que presidiu, na manhã deste sábado, na Basílica de São Pedro.
A peregrinação do Movimento Pró-Vida italiano a Roma realiza-se pelo seu 50º aniversário, “uma ocasião importante”, e, segundo Francisco, neste meio século, “infelizmente a cultura do descarte espalhou-se, mesmo que “alguns preconceitos ideológicos tenham diminuído” e a sensibilidade para o cuidado da criação “tenha aumentado entre os jovens”.
“Continua a ser necessário, e mais do que nunca, que as pessoas de todas as idades se dediquem concretamente ao serviço da vida humana, sobretudo quando ela é mais frágil e vulnerável; porque é sagrada, criada por Deus para um destino grande e belo; e porque uma sociedade justa não se constrói eliminando os nascituros indesejados, os idosos que já não são autónomos ou os doentes incuráveis”, desenvolveu o Papa, na mensagem com data de 5 de março, assinada no Hospital Gemelli.
Francisco destaca que o compromisso dos peregrinos do Movimento Pró-Vida, em sintonia com o de toda a Igreja, “indica um projeto diferente, que coloca a dignidade da pessoa no centro e favorece os mais frágeis”.
“O nascituro representa, por excelência, todo o homem e toda a mulher que não conta, que não tem voz. Ficar do lado dele significa mostrar solidariedade para com todos os rejeitados do mundo. E o olhar do coração que o reconhece como um de nós é a alavanca que move este projeto”.
O Papa pediu também, na mensagem que foi lida neste Dia Internacional da Mulher 2025 (8 de março), na Basílica de São Pedro, que o Movimento Pró-Vida italiano continue a “apostar nas mulheres, na sua capacidade de hospitalidade, generosidade e coragem”, salientando que as mulheres “devem poder contar com o apoio de toda a comunidade civil e eclesial”, enquanto os Centros de Ajuda à Vida podem tornar-se “um ponto de referência para todos”.
Francisco, que termina a agradecer as “páginas de esperança e de ternura que ajudais a escrever no livro da história e que permanecem indeléveis”, confia todos à intercessão de Santa Teresa de Calcutá, “presidente espiritual dos Movimentos Pró-Vida no mundo”, e pede que “não se esqueça de rezar” por si.
“O primeiro ramo” do Movimento Pró-Vida, lembra o Papa, foi o Centro di Aiuto alla Vita (Centro de Ajuda à Vida) fundado em Florença, em 1975, depois, multiplicaram-se por “toda a Itália”, aos quais juntaram-se outros serviços e organizações.
“Encorajo-vos a levar por diante a proteção social da maternidade e a aceitação da vida humana em todas as suas fases.”
(Com Ecclesia e Vatican News)