Grupo Rádio renascença e cardeal-patriarca de Lisboa sublinham importância do ex presidente da República
O Grupo Renascença Comunicação Multimédia “tem história e memória” e recorda que Mário Soares, antigo presidente da República Portuguesa, que faleceu hoje, “defendeu, antes e depois do 25 de Abril, o papel da Igreja em Portugal”.
“Sem abandonar os seus princípios, Mário Soares recusou os caminhos da «questão religiosa» da I República e defendeu, antes e depois do 25 de Abril, o papel da Igreja em Portugal”, assinala a Rádio Renascença numa ‘nota de abertura’.
Na publicação partilhada no seu sítio na internet, a emissora católica portuguesa afirma que “tem história e memória” e com a notícia da morte do antigo presidente da República Portuguesa considera que “é justa e necessária” uma referência ao seu papel determinante na “defesa da democracia” nacional.
A rádio do Grupo Renascença Comunicação Multimédia destaca também que, “em tempos muito difíceis”, Mário Soares “não hesitou” em defender a emissora opondo-se à sua ocupação.
“Ao fazê-lo, defendeu não só a liberdade de expressão, mas também a liberdade religiosa”, observa.
A ‘Nota de Abertura’ da Rádio Renascença presta homenagem à memória de Mário Soares e apresenta “sentidas condolências à sua família”, “certos de que só Deus conhece o coração de cada homem e de que a eternidade espera a todos”.
À Agência ECCLESIA, o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, assinalou o “contributo notável e irrecusável” do responsável político, considerando que este é um tempo “para agradecer e enaltecer” o seu papel para o “estabelecimento da democracia em Portugal”.
O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou que Portugal deve “muito” a Mário Soares, antigo presidente da República Portuguesa, que faleceu hoje, sobretudo nos “anos de implementação da democracia”.
D.Manuel Clemente sublinhou à Agência ECCLESIA o “contributo notável e irrecusável” do responsável político, considerando que este é um tempo “para agradecer e enaltecer” o seu papel para o “estabelecimento da democracia em Portugal”.
O antigo presidente da República Mário Soares, de 92 anos, morreu no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava internado desde o último dia 13 de dezembro.
Soares tomou posse como primeiro-ministro do I governo constitucional a 23 de julho de 1976, cargo que viria a ocupar também no II e IX governos constitucionais; foi presidente da República Portuguesa durante dois mandatos, entre 1986 e 1996.
Para D. Manuel Clemente, as instituições democráticas em Portugal, como “felizmente” existem hoje, devem “muito” a Mário Soares, “sobretudo nos anos de implementação da democracia nos anos 70” do século XX.
“Já antes no seu percurso pessoal, mas para nós todos a partir dos anos 70 e em diante”, acrescentou ainda o cardeal-patriarca de Lisboa, sobre o cofundador do Partido Socialista.
Em 2007, Mário Soares foi indicado para presidir à Comissão da Liberdade Religiosa, criada pela Lei 16/2001, cargo no qual seria reconduzido em 2011.
Como presidente da República, Soares recebeu o Papa João Paulo II na viagem que o santo polaco fez a Portugal, em 1991; antes, a 27 de abril de 1990, realizou uma visita oficial ao Vaticano.
(Com Agência Ecclesia)