Maria é o exemplo do que a Igreja deve ser para o mundo: sinal de disponibilidade, serviço e fidelidade

 

Foto Igreja Açores/EM

D. Armando Esteves Domingues presidiu à festa da Imaculada Conceição no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, em Angra

O bispo de Angra, que presidiu à última eucaristia da Solenidade da Imaculada Conceição no Santuário Diocesano de Nossa Senhora da Conceição, em Angra, uma missa de ação de graças pela Confraria de Nossa Senhora, sublinhou a “alma mariana” do povo português, em especial nas ilhas açorianas.

“Nós somos um povo mariano: uma ilha com dois santuários consagrados a Nossa Senhora e este povo simples é devoto desde 1640, quando os reis portugueses coroaram Nossa Senhora, mesmo ainda antes do dogma da Imaculada Conceição ser definido e aceite pela Igreja. Desde então, Nossa Senhora passou a ser rainha do coração e da alma portuguesa”, afirmou o prelado.

“Temos na alma bem vincada esta devoção e gravada na nossa convivência e no acolhimento esta alma de Maria”, enfatizou D. Armando Esteves  Domingues que apresentou a Mãe de Jesus como uma “flor única da humanidade” que nos ensina “o poder do amor”, sempre a partir de Deus.

Por isso, afirmou, “a esperança não fica nunca fora do nosso horizonte” e “o mal nunca sairá vencedor”.

“Foi isso que Maria nos disse” apresentando um itinerário que nos deve servir como modelo: a disponibilidade e o seu sim.

“Mesmo com dúvidas Maria nunca teve medo” referiu o prelado.

“A diferença entre  quem foge de Deus e quem diz aqui estou, do nascimento até à morte, é a diferença entre o homem velho e o homem novo e esta nova humanidade é inaugurada por Maria, a cheia de Graça, a que conceberá o filho de Deus, por obra do Espírito Santo”.

“É um pacto; com Maria começa uma nova história, uma nova humanidade” disse ainda.

“Maria desafia-nos a sermos capazes de responder com amor por toda a humanidade e como ela somos chamados a levar Deus ao mundo, com o mesmo espírito de serviço e com a mesma fidelidade”, concluiu o bispo de Angra.

Além da Vigília, que manteve o Santuário aberto durante a madrugada de sexta-feira, registaram-se sete celebrações no dia 8 de dezembro. Destaque para a Eucaristia das 12h00 com Promessas de Escuteiros.

A primeira celebração do culto da Imaculada Conceição decorreu no dia 8 de dezembro de 1320, em Coimbra, e consagrou-se com a coroação da Imagem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa como Rainha e Padroeira de Portugal durante as cortes de 1646.

A solenidade da Imaculada Conceição, que a Igreja Católica assinala anualmente a 8 de dezembro, é feriado nacional em Portugal, um reconhecimento à importância desta data na espiritualidade e identidade do país.

O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi proclamado a 8 de dezembro de 1854, através da bula ‘Ineffabilis Deus’, de Pio IX, que  declara a santidade da Virgem Santa Maria desde o primeiro momento da sua existência, sendo preservada do pecado original.

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