Mais precioso do que o ouro olímpico

Foto: Igreja Açores

Por António Pedro Costa

A abertura dos Jogos olímpicos de Paris constituiu um espetáculo deslumbrante, com a voz de Celine Dion, fez o delírio de milhões de espetadores, mas que uma alegada cena, que a muita gente que interpretou como uma sátira à última ceia de Jesus, a causar desconforto. No entanto a organização negou tal interpretação, pediu desculpas e clarificou que não havia intenção de ofender nenhum credo religioso.

Como curiosidade e apesar de muitos anos de preparação da cerimónia de abertura, a bandeira olímpica, o símbolo maior dos jogos este ano foi as hasteada de pernas para o ar e toda a cidade conheceu naquela noite um grande apagão, exceto, curiosamente, a grandiosa Basílica do Sacre Coeur, onde está Jesus Sacramentado a ser adorado 24 horas por dia.

A presença de artistas renome planetário, como Céline Dion, que não aparecia em palco há cinco anos, depois de revelar que sofre de uma doença rara, trouxe um grande brilho e emoção ao evento, mostrando que a diversidade cultural e a capacidade são capazes de unir pessoas através da música. No entanto, a arte tem o poder de impactar profundamente e, em algumas situações, pode causar desconforto ou ofensa.

Eventos como os Jogos Olímpicos são plataformas globais que frequentemente refletem uma variedade de perspetivas e expressões artísticas. No entanto, é importante que os organizadores considerem as sensibilidades do público global para evitar desrespeitar crenças e valores profundamente enraizados.

Felizmente, que nestes jogos uma edição especial do Novo Testamento, com testemunhos de fé de 15 atletas cristãos, foi distribuída aos participantes e espetadores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Partindo de uma iniciativa da Sociedade Bíblica Francesa, à qual se associaram inúmeras igrejas e associações cristãs, foram impressos 200 mil exemplares do Novo Testamento, intitulado Plus précieux que l’or, ou seja, Mais precioso que o ouro.

O objetivo da iniciativa foi tornar a mensagem bíblica acessível ao maior número de pessoas e levar uma mensagem de esperança e fé a todos aqueles que participam e assistem aos Jogos Olímpicos, esperando-se que estes sejam uma fonte de inspiração e encorajamento para todos.

Entre os 15 atletas que escreveram o seu depoimento para esta edição especial incluem-se campeões olímpicos de diferentes países e denominações cristãs, como o do salto em altura australiano Nicola Olyslagers,  o do jogador de andebol francês Joël Abati ou do velocista americano Allyson Felix.

É muito inspirador ler os testemunhos dos atletas que aparecem nesta edição especial do Novo Testamento. Estas histórias servem como uma poderosa lembrança do impacto duradouro que a Bíblia continua a gerar.

Os Jogos Olímpicos são um raro momento em que atletas de todos os cantos do mundo se reúnem para competir de forma justa e respeitosa. Esse espírito de união e cooperação internacional é inestimável, promovendo a paz e a compreensão entre nações.

Muitos atletas chegam aos Jogos Olímpicos com histórias incríveis de superação de adversidades. Essas narrativas de coragem, dedicação e resiliência inspiram milhões de pessoas ao redor do mundo, mostrando que é possível alcançar grandes feitos apesar dos desafios.

Os Jogos Olímpicos também são uma plataforma para promover a inclusão e a diversidade, pois atletas de diferentes origens, géneros e capacidades físicas competem lado a lado, destacando a importância da igualdade e do respeito a todas as pessoas.

Por outro lado, os Jogos inspiram novas gerações a se dedicarem ao desporto, dado que o legado deixado pelos atuais atletas motiva jovens ao redor do mundo a perseguirem os seus sonhos desportivos, contribuindo para o desenvolvimento do desporto em nível global.

Para além da competição, os Jogos são ainda uma excelente oportunidade para os atletas construírem amizades e demonstrar respeito mútuo. Essas ligações pessoais muitas vezes duram para além do evento, fortalecendo laços internacionais e constituem a essência e o verdadeiro valor dos Jogos Olímpicos, transcendendo a conquista das medalhas de ouro e destacando o impacto positivo duradouro que os Jogos têm no mundo.

(Texto corrigido dia 29 de julho, pelas 10h59)

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