Encontro mundial de jovens com o Papa realiza-se entre 26 a 31 de julho
Pelo menos um grupo de jovens das Quatro Ribeiras ,da ilha Terceira e outro dos Arrifes, na ilha de São Miguel, e um sacerdote açoriano integrado no grupo de catecumenos do Caminho Neocatecumenal marcarão presença na Jornada Mundial da Juventude que se realizará em Cracóvia na Polónia, entre 26 e 31 de julho e tem como tema ‘Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia’.
Os grupos de jovens da diocese de Angra participam integrados noutras dioceses do Algarve e Lamego, respetivamente. Os jovens da Terceira vão, segundo informações obtidas pelo Sítio Igreja Açores, apresentar uma oferta ao Papa Francisco e um dos seus elementos foi escolhido para integrar a delegação portuguesa que estará junto do Santo Padre.
A 31.ª jornada mundial da juventude deverá contar com a participação de cerca de cinco mil jovens portugueses, que cumprirão também um programa próprio.
O cardeal-patriarca de Lisboa presidiu este domingo à Missa de envio dos jovens da diocese que vão estar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2016, falando numa “experiência inolvidável” para os participantes.
D.Manuel Clemente disse que as JMJ são “momentos de explosão de vocação e carisma na vida da Igreja”.
O cardeal-patriarca de Lisboa considera que “muitas coisas bonitas” acontecem, após as Jornadas Mundiais da Juventude, em termos de “vida cristã e testemunho apostólico”.
Criadas por São João Paulo II nos anos 80 do século passado, as Jornadas Mundiais da Juventude têm sido um sucesso.
Cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível diocesano no Domingo de Ramos, alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos numa grande cidade: em 1987, Buenos Aires (Argentina); em 1989, Santiago de Compostela (Espanha); em 1991, Czestochowa (Polónia); em 1993 em Denver (EUA); em 1995, Manila (Filipinas); em 1997, Paris (França); em 2000, Roma (Itália); em 2002, Toronto (Canadá); em 2005, Colónia (Alemanha); em 2008, Sidney (Austrália); em 2011, Madrid (Espanha) e Rio de Janeiro (Brasil), em 2013.
O Papa Francisco que presidirá pela segunda vez a estas jornadas cumpre também um programa oficial nesta visita.
Na agenda do Papa argentino estão confirmadas visitas aos antigos campos de concentração nazis de Auschwitz e Birkenau, no dia 29 de julho.
Durante a sua permanência no local, o Papa rezará junto ao chamado “muro da morte”, no Bloco n.11, e na cela de São Maximiliano Kolbe.
Antes disso, depois de aterrar em solo polaco, no dia 27, Francisco vai encontrar-se com o presidente da República da Polónia, Andrzej Duda, com membros do governo daquele país e com os bispos e responsáveis pela Conferência Episcopal polaca.
Além do encontro com os representantes católicos, o Papa terá ainda oportunidade de rezar na Catedral de Cracóvia e no templo nacional de Wawel, onde estão as relíquias do bispo e mártir São Estanislau.
No dia 28, destaque para a missa que Francisco irá celebrar no Santuário Mariano de Czestochowa , por ocasião dos 1050 anos do Batismo da Polónia.
Neste mesmo dia, o Papa vai saudar os participantes da 31.ª jornada mundial da juventude, durante um encontro no Parque de Blonia, um dos maiores da Europa.
Próximo daquele local, vai ser montada uma “Área da Reconciliação”, com centenas de confessionários abertos aos jovens que queiram confessar-se, e também uma tenda para a adoração ao Santíssimo.
No dia 30, o programa de Francisco na Polónia inclui uma visita ao Santuário da Divina Misericórdia, em Cracóvia, e à Basílica de ?agiewniki, onde celebrará uma missa com sacerdotes e consagrados de toda a Polónia.
O horário que foi delineado prevê ainda uma deslocação ao Santuário de São João Paulo II, acompanhada pelos jovens.
Os dois santuários referidos são igrejas jubilares, no âmbito do Ano Santo da Misericórdia que está a decorrer, pelo que será também uma ocasião para Francisco atravessar as respetivas “portas santas” e convidar à prática da misericórdia e da solidariedade para com todos.
A edição deste ano da jornada mundial da juventude termina em Brzegi, num “Campus da Misericórdia” com mais de 200 hectares e onde decorrerão a vigília e a missa conclusiva do evento, que deverá ser acompanhada por cerca de 2,5 milhões de pessoas.
Durante a vigília, jovens de vários países vão ter oportunidade de expressar ao Papa as suas preocupações e dificuldades, desde o desemprego às dependências, passando pelas perseguições a que estão sujeitos nos dias de hoje.
(Com Ecclesia)