A obra é da autoria de Américo Natalino Viveiros e foi apresentada pelo Pe João Maria Brum.
“João Paulo II, o Santo que veio aos Açores” é uma reedição atualizada do ponto de vista textual e fotográfico da história da visita do Papa João Paulo II aos Açores a 11 de maio de 1991, que foi lançada esta quinta feira à noite, na Igreja Matriz de Ponta Delgada, em São Miguel.
“Procurei recuperar a memória apresentando retalhos de uma visita que não se pode esquecer e que sela os laços fortes dos açorianos a este novo Santo da Igreja Católica”, disse o autor, Américo Natalino Viveiros, durante a cerimónia de apresentação do livro.
O livro com 169 páginas relata os preparativos que antecederam a visita do Santo Padre, do ponto de vista religioso, político e diplomático, apresenta um conjunto de testemunhos dos agentes diretamente envolvidos e relembra todos os momentos da estada de São João Paulo, retratados através de fotografias “inéditas”.
Nesta nova edição percorre-se, também, a vida e obra de João Paulo II e toda a tramitação do processo de beatificação até ao anúncio da canonização pelo Papa Francisco, compilando documentos e mensagens proferidas em cada um dos momentos.
“A Igreja vive um tempo novo” e a mensagem de João Paulo II “continua atual” e “nela encontraremos o ensinamento necessário para debelar as chagas desta sociedade”, sublinhou Américo Natalino Viveiros.
O Diretor do Correio dos Açores, autor do livro, lembrou, ainda “que o mundo sofre com os males infligidos pela ganância” e que, cada vez mais “são necessárias referências”.
Deixou, ainda, um apelo a todos os cristãos para que “sigam as palavras do novo Santo” e se deixem contagiar “pela confiança e pela esperança” que deve animar toda a gente para que “cada um possa fazer o que tem de fazer”, concluiu.
A obra foi apresentada pelo Pe João Maria Brum, pároco de São Pedro, Ponta Delgada, amigo de infância do autor e um dos mestres de cerimónia da celebração da palavra em Ponta Delgada.
Referiu-se à obra como sendo “a pérola que faltava” para “encerrar com chave de ouro a festa da canonização do Santo Padre”, dada a “sua elegância literária” e o conjunto de elementos e fotos que apresenta.
João Maria Brum associou esta visita “histórica” ao trabalho “laborioso no interior das comunidades cristãs micaelenses” e afirmou que o livro contribui para a perpetuação da memória desta igreja nos Açores.
Na cerimónia usou, ainda, da palavra João Bosco Mota Amaral, Presidente do Governo Regional dos Açores à época, que fez questão de sublinhar a importância da visita papal como tradução de um reconhecimento pela fé dos açorianos.
Elogiou o papel de São João Paulo como um “reformador” da Igreja Católica e um “percursor” do diálogo ecuménico.
O ex presidente do Governo Regional lembrou que já existe um aeroporto e um complexo desportivo com o nome de João Paulo II e que “para o quadro ficar completo a próxima igreja a construir nos Açores deve ser dedicada a São João Paulo e para a cerimónia de dedicação deve ser convidado o Papa Francisco ou o seu sucessorde forma a termos outra visita papal na região”, concluiu.
A cerimónia terminou com a atuação do Grupo Coral Litúrgico da Matriz, dirigido pelo maestro Francisco Botelho, que interpretou três temas em jeito de “Concerto Oração”: o primeiro hino pascal “Confirma Ó Deus o que tens feito em nós”, Dixit Maria e o hino de São João Paulo II.