A obra é da autoria de Carlos Bolarinho Vieira e editado pela Câmara de Vila Franca do Campo
O livro “Romeiros de São Miguel Arcanjo – 500 Anos de História” será lançado no próximo dia 22 de outubro, pelas 17h00, no claustro do Convento de São Francisco, em Vila Franca do Campo.
A publicação deste livro, da autoria de Carlos Bolarinho Vieira e editado pela Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, está inserida nas comemorações dos “500 anos da Subversão” de Vila Franca do Campo, em 22 de outubro de 1522.
A obra conta com uma nota de abertura do Administrador Diocesano, Cónego Hélder Fonseca Mendes, e com prefácio Carmen Ponte, coordenadora do processo de candidatura dos Romeiros de São Miguel a Património Imaterial da Unesco e será apresentado por Rui Melo, também ele romeiro e antigo presidente da Câmara Municipal de Vila Franca.
O livro é um testemunho na primeira pessoa sobre o que é ser romeiro desde os momentos que precedem a romaria, aos da romaria e o pós romaria, que pressupõe uma transformação interior sem precedentes.
“Mais do que um livro de história ou de histórias, esta é uma obra de evangelização que nos leva a percorrer o itinerário da romaria, não apenas o geográfico, mas sobretudo o espiritual, existencial” afirma na nota de abertura o Administrador Diocesano, cónego Hélder Fonseca Mendes.
“ O romeiro anda por todas as periferias conhecidas, com um ponto de partida identificado, bem como um destino e um propósito definidos. O itinerário apresentado é o da conversão e do encontro com Deus, pelo silêncio, pelo despojamento, pelo desapego, pela escuta e pela visão atenta do que habitualmente não se vê” refere ainda, ao sublinhar que por detrás das romarias “encontramos virtudes e valores que importa perseverar”, pois “constituem um legado inestimável de fé, esperança e caridade que os nossos antepassados vivenciaram e que por tradição, mais prática do que teórica, fizeram chegar às atuais gerações”.
O autor do trabalho agora editado começa por traçar o percurso histórico das romarias quaresmais, rico e enriquecido pelos contributos de importantes personalidades e investigadores que se debruçaram sobre a questão das origens e evolução desta manifestação.
No segundo capítulo, Carlos Vieira procura contar a história e evolução da romaria da Vila, as quais seguiu de perto desde tenra idade, até que em 2001 se integrou na primeira romaria, passando a mestre do rancho que ainda hoje lidera desde 2003, o rancho de Vila Franca do Campo.
O último capítulo do livro é dedicado à pós-romaria e sobre este aspeto, Carlos Vieira faz realçar que o espírito das romarias não se esgota no final da quinta-feira santa do período quaresmal, como sublinha no prefácio Carmen Ponte.