Comité executivo português prepara encontro mundial a 6 de maio de 2017, em Fátima
O assistente espiritual do Comité Executivo do Organismo Mundial de Cursilhos de Cristandade (OMCC) destaca que o livro ‘Ideias Fundamentais’, apresentado esta quinta-feira no Porto, “tem o estatuto de uma carta magna” para o movimento.
“É um livro que tem as principais ideias que formam uma mentalidade, uma metodologia de ação e que apresentam a espiritualidade dos Cursilhos de Cristandade (CC)”, revelou D. Francisco Senra Coelho à Agência ECCLESIA.
O prelado explicou que a publicação ‘Ideias Fundamentais’, da chancela da Paulus Editora, é um livro orientador: “Para se fazerem cursilhos de cristandade; constituírem grupos de vida; gerarem ultreias (reuniões); conduzirem a escola de responsáveis e ser movimento da Igreja”.
Neste contexto, o responsável era o rosto da “felicidade” do movimento pela apresentação do “fruto” de um trabalho de sete anos que revela a “génese do movimento”.
A obra apresentada mundialmente na Casa Diocesana de Vilar, na Diocese do Porto, e com transmissão online, é a terceira revisão de ‘Ideias Fundamentais’ desde 1944 e “fruto das 60 nações” onde está implementado, “com secretariados nacionais”, e quatro grupos linguísticos.
O bispo do Porto, que acolheu esta apresentação numa Ultreia de início do ano pastoral, comentou que os CC na diocese têm “grande pujança e dinamismo”.
D. António Francisco dos Santos destacou que o movimento nasceu com “espírito de quem prepara o Concílio Vaticano II”, pelo envolvimento “original” dos leigos na “vida da Igreja”, ajudando-os a “encontrar Cristo”.
Já para o presidente do Comité Executivo do OMCC é “importante” assinalar que são ideias que “fundamentam o movimento” mas para além da sua “história, carisma, mentalidade, estratégia a seguir” esta terceira versão foi “atualizada” com uma “linguagem acessível, simples e direta” para os dias de hoje e, sobretudo, “muito virada para todo o mundo”.
“A tradução em várias línguas vai dar coerência universal e unificar o movimento que está praticamente nos cinco continentes”, observou Francisco Salvador.
O superior regional da Sociedade São Paulo em Portugal – Paulus Editora – disse por sua vez que o OMCC pediu ajuda para “dar forma” ao livro e a levá-lo “o mais longe possível, a todos os cursilhistas pelo mundo”.
Por isso, para além de inglês, português e espanhol “estão a ser preparadas edições noutras línguas, como italiano, alemão, húngaro, também em croata e coreano”, adiantou o padre José Carlos Nunes, destacando que a publicação é “proposta para toda a Igreja”.
Portugal é desde janeiro de 2014 a sede do Comité Executivo do Organismo Mundial de Cursilhos de Cristandade e para além da apresentação desta publicação, a Santa Sé, através do Conselho Pontifício para os Leigos, reconheceu-os oficialmente como movimento pontifício (dezembro’14).
“Foi coincidência”, acrescenta o presidente do comité executivo que destaca a “grande alegria” destes acontecimentos.
D. Francisco Senra Coelho contou que em 2017, quando Portugal passa o testemunho, têm o “grande sonho” de reunir em Fátima representantes de todas as nações numa ultreia, uma “grande festa que “vale sobretudo por aquilo que se vive”, a 6 de maio.
“Até lá vamos ter encontros com os grupos internacionais. No mês de junho teremos, muito provavelmente, um encontro em Cuba, os grupos de trabalho da América Latina querem reunir-se em Cuba e teremos de visitar a Venezuela onde a Igreja não vive momentos de grande liberdade e os cursilhos sofrem”, concluiu D. Francisco José Senra Coelho.
CR/Ecclesia