30 açorianos das Curias de São Miguel, Terceira e Faial estiveram em Fátima
A experiência de participação na peregrinação nacional da Legião de Maria a Fátima “foi muito positiva” e ajudou “a renovar o compromisso legionário” de muitos açorianos disse ao Sítio Igreja Açores o diretor da Curia Maria Mãe da Igreja do Faial, Pe Bruno Rodrigues.
O sacerdote, que é assistente do presidium dos Cedros, que pela primeira vez participou numa peregrinação nacional do Movimento, afirma que “foram momentos muito intensos” aqueles que se viveram em Fátima com um itinerário muito próprio para os legionários açorianos.
Além de integrarem o programa nacional desenvolvido no Centro Pastoral de Paulo VI e todas as celebrações oficiais da peregrinação, o grupo dos Açores, oriundo de São Miguel, Terceira e Faial, participou numa via sacra aos Valinhos, numa Eucaristia na Capela de Santo Estevão e numa celebração junto ao Calvário Húngaro durante a qual foi distribuída uma medalha “muito simbólica” que num lado tinha a imagem de Nossa Senhora e do outro uma alusão ao Ano Santo da Misericórdia com a frase “Fazei tudo o que ele vos disser”.
“Foi um momento muito intenso em que conciliámos o essencial do Ano Jubilar com a mensagem de Nossa Senhora que é uma mensagem que inspira diariamente cada legionário”, lembra o sacerdote.
“Nas nossas comunidades cada um de nós sente-se pequeno e incapaz de realizar cada uma das tarefas mas quando nos juntamos e vemos tanta gente empenhada isso enche-nos o coração e faz-nos sentir cada vez mais revigorados para levarmos por diante esta missão”, conclui o Pe Bruno Rodrigues.
O Santuário de Fátima acolheu, no fim de semana, a peregrinação nacional da Legião de Maria, que terminou com a Missa presidida pelo bispo de Vila Real, D. Amândio Tomás.
O prelado assinalou na homilia da celebração que, tal como os pastorinhos, “os legionários adotaram este programa de vida: oração e penitência para que os corações se convertam e não ofendam mais a Nosso Senhor” acrescentando-lhe as obras de misericórdia pois “uma fé sem obras é estéril, é demagogia”.
“O essencial da Legião de Maria está na oração semanal e na realização das obras de misericórdia porque para ser santo há que rezar e há que praticar obras de misericórdia, há que fazer algo pelos outros, conjugando oração e ação”, realçou o bispo de Vila Real.
Para este responsável, só há um caminho para a santidade e os legionários e os cristãos, em geral, devem “segui-lo”.
“Os legionários devem ser co-responsáveis pelo bem dos irmãos, pela conversão do mundo e pela ajuda aos mais necessitados” tal como Nossa Senhora “ícone da igreja e modelo de fé”, exortou os pastorinhos a serem, sublinhou D. Amândio Tomás.
O prelado referiu que esta “é uma necessidade premente” num mundo “marcado pelo egoísmo e pela indiferença generalizada” onde “o dinheiro é tantas vezes endeusado” gerando “a obsessão”.
D. Amândio Tomás exortou os legionários a “deixar-se contagiar por este Amor de Deus” trabalhando constantemente “em prol dos outros” tal como exemplifica o “manual do legionário que convida à exegese, à oração e às boas obras”.
A Santa Sé reconheceu a Legião de Maria como “associação internacional de fiéis” em 2014.
O Movimento católico nascido na Irlanda há 93 anos conta com 25 milhões de legionários, incluindo 35 mil membros em Portugal, distribuídos por 19 dioceses.