I Congresso Diocesano terminou hoje com apelos à família e à igreja. Jovens querem levar Jesus à Rua
Aproximar, acolher, ouvir e compreender são quatro verbos que a juventude cristã açoriana quer que a igreja desenvolva de forma a levar por diante a integração dos jovens e o seu comprometimento com as questões diocesanas.
No comunicado final do I Congresso Diocesano da Juventude, que hoje terminou em Ponta Delgada com uma Eucaristia presidida pelo bispo de Angra, D. João Lavrador, os jovens deixam apelos dirigidos à família e à igreja.
Os jovens reclamam maior protagonismo na hora da decisão e sobretudo querem que a igreja e a família os levem a sério.
“A nossa reflexão destacou como prioridades e focos de especial atenção: a Família, a Espiritualidade, Grupo de Jovens, Redes Sociais e a Escola” refere o comunicado que sugere caminhos a percorrer quer pela igreja quer por eles próprios: abertura, acolhimento, cativação, inclusão, auscultação, proximidade e disponibilidade.
No comunicado final deste primeiro congresso, em que estiveram cerca de duas centenas de jovens de seis ilhas, há referências concretas a todos os destinatários, a começar pela família.
“À família pedimos:maior acompanhamento no nosso percurso humano e espiritual; momentos de reflexão em família, com a família e para a família e participação na Eucaristia”.
Já à igreja, os jovens falam numa abertura de mentalidade; em “Liberdade e criatividade de participação”, “compreensão das realidades juvenis”, maior investimento nos grupos de jovens, apoio ao desenvolvimento da espiritualidade e proximidade e “Aplicação das siglas “PPP” – Participação – Protagonismo – Paciência e “PDA” – Proximidade – Diálogo – Acção”.
No comunicado final os jovens dirigem-se também aos padres a quem pedem “Maior envolvimento, proximidade e presença; Maior disponibilidade, abertura e acolhimento sem julgamento”.
De acordo com o comunicado, os jovens propõem à diocese uma “maior representatividade e responsabilização dos jovens nas diversas instâncias, encontros diocesanos regulares, festivais de música/artes, formação de lideres e animadores de Pastoral Juvenil; às ouvidorias pedem a criação do “Dia C”, para “levar Jesus à Rua”, retiros e eventos de espiritualidade, intercâmbios entre Grupos de jovens, peregrinações e maior participação nas instâncias decisórias da ouvidoria.
Também nas paróquias querem mais protagonismo, promoção de voluntariado e celebrações mais dinâmicas, com a promoção de encontros inter-geracionais.
Os jovens garantem que estas “exigências” decorrem das propostas que os jovens fizeram depois das auscultações desenvolvidas num inquérito diocesano para uma Igreja +.
“Juntos, vivemos este I Congresso Diocesano de Juventude como um encontro feliz de jovens de toda a Diocese onde pudemos partilhar ideias, alegria, sonhos e projectos e fazer a experiência da unidade da nossa Igreja” afirma o comunicado.
“Saudamos com alegria toda a nossa Igreja Diocesana, à qual confiamos estes nossos desafios e sonhos: juntos queremos ser +” refere ainda o comunicado final, que deixa ainda uma palavra para os jovens que se encontram numa situação de exclusão.
“Abraçamos com ternura todos os jovens açorianos, em particular os jovens que buscam o sentido da vida, aqueles que vivem qualquer tipo de exclusão e sofrimento ou que por qualquer motivo se ausentaram da Comunidade, a quem dirigimos uma mensagem de confiança e esperança, contando com todos para, juntos, fazermos desta nossa Igreja uma Igreja mais activa, mais alegre, mais jovem e aberta à missão: uma Igreja + é aquela onde todos são importantes e necessários, e onde os carismas se convertem em serviço” refere o comunicado.