Jovens Micaelenses trocam Campo de São Francisco pela Igreja de Nossa Senhora de Fátima para celebrar Vigília do Dia Mundial da Juventude

 

Foto: CMPDL

“Grande Vigília” recupera formato das celebrações da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa, onde participaram cerca de 900 jovens açorianos, mas o desafio é que esta jornada seja comemorada localmente para valorizar a” proximidade e a comunidade”

A Igreja de Nossa Senhora de Fátima, no Lajedo em Ponta Delgada acabou por ser o lugar escolhidos para a “Grande Vigília” comemorativa do Dia Mundial da Juventude, que se celebrará no Domingo de Cristo Rei, dois dias depois.

Com início agendado para as 21h00, esta Vigília “será nos moldes em que decorreram as celebrações da Jornada Mundial da Juventude” afirmou ao Igreja Açores o diretor do Serviço Diocesano da Pastoral Juvenil, padre Norberto Brum.

“Esta Vigília será de ilha, onde todos os jovens são convidados a participar, particularmente os jovens que participaram e viveram a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023” esclarece o sacerdote que recorda a JMJ como um momento de grande vitalidade da igreja jovem nos Açores, onde foram passadas mensagens importantes do papa Francisco, de alerta à Igreja em geral e aos jovens, em particular.

“Será uma vigília com um grande envolvimento cultural de várias artes performativas de forma a sublinhar o diálogo da Igreja, com os jovens e com a cultura”, referiu ainda.

Na ilha Terceira, além da Vigília na noite de 25 para 26, na paróquia da Agualva, realiza-se uma celebração mais alargada desta data com uma eucaristia e atividades diversas em São Brás, no dia 26. Neste dia, o bispo de Angra junta-se aos jovens para plantar uma árvore junto á Igreja de São Bras.

No dia 26, domingo de Cristo Rei, celebra-se o Dia Mundial da Juventude.

“Em São Miguel, e tendo presente o pedido que o Senhor Bispo faz na Carta que enviou a toda a Diocese do dia 21 de setembro de `Valorizar a Solenidade de Cristo Rei para se fazer a apresentação do Plano em todas as Comunidades eclesiais´, este ano propõe-se que a celebração do Dia Mundial da Juventude aconteça a nível paroquial, ou de Ouvidoria, onde assim o entenderem, valorizando e fazendo envolver os jovens que participaram na JMJ”, acrescenta o sacerdote.

“Pretende-se que esta seja uma oportunidade de encontro e envolvimento dos jovens nas suas respetivas Comunidades, que as Comunidades/Ouvidorias se predisponham a estar com os seus jovens a celebrar e viver um dia com eles e a escutá-los” disse ainda destacando que a Solenidade de Cristo Rei “ ajudará e despontará a criatividade para a vivência daquele dia”.

A Pastoral Juvenil de São Miguel, ao longo do ano, proporá outras atividades que envolvam os jovens de todas as Ouvidorias da Ilha, prosseguindo a “mobilização e envolvimento” da juventude nas várias atividades da Igreja.

Este ano a Pastoral Juvenil diocesana, e de ilha, centrará a sua ação em quatro grandes pilares: “Revolução JMJ” – Partir da vivência da JMJ e das Palavras do Papa; o “Pacto da Montanha” – Vivência da Laudato Si; a “Sinodalidade” – Escuta e envolvimento de todos e, por último,  prosseguirá o pilar de formação de agentes de Pastoral Juvenil. Prometida está a realização de Jornadas Diocesanas da Pastoral Juvenil em diversas ilhas. O Ano Pastoral deverá terminar com o II Encontro Diocesano Laudato Si, inspirando-se na subida à montanha do Pico, que aconteceu em julho deste ano. Em 2024, e tendo por base o contacto com a natureza, a que os Açores convidam, os jovens desenvolverão outra atividade numa ilha ainda a definir.

O Papa Francisco escolheu para tema das jornadas mundiais da juventude, a celebrar nas igrejas particulares este ano, o tema da Alegria e da Esperança – Alegres na Esperança- ,tendo já como horizonte o ano santo jubilar de 2025, designado “Peregrinos de Esperança”

“As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo”, destacava em 1965 a constituição pastoral Gaudium et spes.

“Nos tempos difíceis atuais, a Igreja deseja, como então, reacender a esperança no mundo e, para o conseguir, confia de maneira particular nos jovens, protagonistas da história e «missionários da alegria”, refere o Dicastério Para os leigos, a Família e a Vida

Já, na exortação apostólica pós-sinodal Christus vivit, o Papa Francisco indicava Cristo como “a nossa esperança e a mais bela juventude deste mundo” (n. 1). Agora, com esta Jornada, e a do próximo ano, Francisco convida os jovens a aprofundar o significado da esperança cristã e a testemunhar alegremente que Cristo está vivo.

Este é o terceiro ano em que o Dia Mundial da Juventude se celebra na Solenidade do Cristo Rei, o domingo que encerra o ano litúrgico.

A Solenidade de Cristo Rei é uma celebração muito recente da Igreja. Foi o Papa Pio XI que a criou, em 1925. Naquele contexto, a Igreja via como necessário reafirmar a soberania real de Jesus e de seus ensinamentos, num mundo em que Deus não era necessário.

Celebrar a festa de Cristo Rei do Universo é celebrar um Deus de amor e de misericórdia que serve, que acolhe e que reina nos corações com a força desarmada do amor. A cruz é o trono de Deus , que recusa qualquer poder e escolhe reinar no coração dos homens através do amor e do dom da vida.

A data original da festa de Cristo Rei era o último domingo de outubro, ou seja, no domingo que precedia a festa de Todos os Santos, mas, com a nova Reforma de 1969, foi transferida para o último domingo do Ano Litúrgico. Desta forma, fica claro que Jesus Cristo, o Rei, é a meta da nossa peregrinação terrena.

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