O presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais afirmou que os jovens devem ter um “protagonismo ativo” na evangelização no contexto de uma “nova cultura emergente enraizada no digital e tecida nas redes sociais”.
Num artigo de opinião onde comenta o discurso do Papa Francisco à Cúria Romana, nomeadamente as referências que à reforma em curso no campo dos media do Vaticano, com a criação do Dicastério para a Comunicação Social, D. João Lavrador disse que é necessário encarar os “enormes desafios” colocados pela cultura digital
“Para nos ajudar a esta nova forma de nos relacionarmos e às novas linguagens, teremos de dar lugar aos jovens nas nossas comunidades, dotando-os de verdadeiro protagonismo e integrando-os para que eles, em relação mútua, com outras idades, não só amadureçam a sua personalidade mas também introduzam a sua comunicação no interior da Igreja e das suas instituições”, escrever o também bispo de Angra.
Para D. João Lavrador, o contexto atual é de um “novo tempo a exigir uma nova evangelização na qual os jovens devem ter um protagonismo ativo”, nomeadamente na “caminhada rumo à JMJ 2022”.
O presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, que coordena o setor dos media na Conferência Episcopal Portuguesa, disse que o recém criado Dicastério para a Comunicação Social no Vaticano confirma o relevo que da comunicação “na sociedade e na cultura actuais.
D. João Lavrador referiu também que a convicção do Papa hoje novamente afirmada no discurso à Cúria Romana, de que existe uma “nova cultura que emerge do digital” e “tem uma expressão muito forte nas redes sociais”, “é algo que vai penetrando na consciência da Igreja”.
“A partir de uma certa época, a Igreja reconheceu que já não estamos perante um desafio do modo de utilização dos meios de comunicação social mas estamos perante a enorme interpelação que advém de uma nova cultura”, considerou.
O bispo de Angra referiu as mensagens do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais e a realização do Sínodo dos Bispos como documentos onde se refere a “mudança de linguagem e de conceitos” e a necessidade de ter presente a nova cultura em ordem a uma evangelização “profunda e abrangente”.
(Com Ecclesia)