Jornada da Juventude assinala-se este domingo nas dioceses, em nova etapa rumo a Lisboa 2023

A Igreja Católica promove este domingo, em todas as dioceses, a sua festa anual com os jovens católicos, numa nova etapa de celebração rumo à Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2023, em Lisboa.

“Queridos jovens, que na JMJ possais experimentar novamente a alegria do encontro com Deus e com os irmãos e as irmãs. Depois dum prolongado período de distanciamento e separação, em Lisboa – com a ajuda de Deus – reencontraremos juntos a alegria do abraço fraterno entre os povos e entre as gerações, o abraço da reconciliação e da paz, o abraço duma nova fraternidade missionária”, escreve Francisco, na mensagem para esta XXXVII Jornada Mundial da Juventude.

A jornada é celebrada este ano, nas dioceses católicas, a 20 de novembro (solenidade litúrgica de Cristo-Rei) e, a nível internacional, em Lisboa de 1 a 6 de agosto de 2023 – após ter sido adiada, por um ano, devido à pandemia de Covid-19.

O Papa parte do tema anunciado em 2019, ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’, uma passagem do Evangelho segundo São Lucas (Lc 1,39).

“A Mãe do Senhor é modelo dos jovens em movimento, jovens que não ficam imóveis diante do espelho em contemplação da própria imagem, nem ‘alheados’ nas redes. Ela está completamente projetada para o exterior”, escreve.

Francisco apresenta os jovens como esperança duma “nova unidade para a humanidade fragmentada e dividida”.

“Queridos jovens, é tempo de voltar a partir apressadamente para encontros concretos, para um real acolhimento de quem é diferente de nós, como acontece entre a jovem Maria e a idosa Isabel. Só assim superaremos as distâncias entre gerações, entre classes sociais, entre etnias, entre grupos e categorias de todo o género, e superaremos também as guerras”.

‘Todos juntos em Lisboa!’ é um dos tópicos da mensagem, na qual se evocam os “últimos tempos tão difíceis, em que a humanidade já provada pelo trauma da pandemia, é dilacerada pelo drama da guerra”.

“Espero e creio fortemente que a experiência que muitos de vós ireis viver em Lisboa, no mês de agosto do próximo ano, representará um novo começo para vós jovens e, convosco, para toda a humanidade”, realça o Papa.

“No mundo, quantas pessoas esperam uma visita de alguém que cuide delas! Quantos idosos, doentes, presos, refugiados precisam do nosso olhar compassivo, da nossa visita, de um irmão ou uma irmã que ultrapasse as barreiras da indiferença”.

O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida (Santa Sé) sublinha que esta mensagem é “um caloroso convite a todos os jovens a participarem na XXXVII Jornada Mundial da Juventude”.

O Vaticano apresentou em maio de 2021 as orientações pastorais para celebrar a JMJ a nível diocesano, desafiando as comunidades católicas a apostar nos jovens.

“É necessário ter a coragem de envolver e confiar papéis ativos aos jovens, tanto aqueles que vêm das diferentes realidades pastorais presentes na diocese quanto aqueles que não pertencem a nenhuma comunidade, grupo de jovens, associação ou movimento”, refere o texto.

Este ano, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida propõe que a Jornada Mundial da Juventude nas igrejas particulares, a 20 de novembro, seja vivida em sintonia com o Dia Mundial dos Pobres.

Com o objetivo de partilhar e criar uma rede de testemunhos, ações concretas e histórias o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, a Caritas Internacional e o Comité Organizador Local da JMJ Lisboa 2023 lançam a hashtag #AriseandGo, que retoma o tema da Mensagem do Papa Francisco para a Jornada Mundial da Juventude 2022-2023 “Maria levantou-se e partiu apressadamente”.

A JMJ nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

As edições internacionais da JMJ são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo.

A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, e desde então passou pelas seguintes cidades: Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

Francisco celebra o Domingo de Cristo-Rei na cidade italiana de Asti, no norte da Itália, terra natal dos seus pais, que emigraram para a Argentina após a I Guerra Mundial.A viagem começa este sábado, de forma privada, num encontro de Francisco com a família, por ocasião do 90º aniversário de um dos seus primos. 

Já no domingo, o Papa vai presidir à Eucaristia pelas 11h00 (menos uma em Lisboa) na Catedral de Asti; após a celebração, Francisco vai até ao estádio municipal, para saudar a população e, antes de regressar ao Vaticano, vai encontrar-se com mais de mil crianças e adolescentes, acompanhadas pelos seu pais e professores.

 

(Com Ecclesia)

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