Jantar de Santo António em Ponta Delgada para angariar dinheiro para fundo de emergência social

Iniciativa da Cáritas de São Miguel tem lugar este sábado em Ponta Delgada

A Caritas da ilha de São Miguel, nos Açores, que apoiou 450 famílias durante o primeiro trimestre de 2015, promove no sábado um jantar comunitário para recolher donativos para o Fundo Social de Emergência.

“O principal objetivo da iniciativa tem a ver com o facto de necessitarmos de reforçar o Fundo Social de Emergência de que dispomos aqui na instituição e que, normalmente, utilizamos para irmos apoiando as famílias pontualmente nas despensas mensais que têm”, afirmou à Lusa Luísa Gonçalves, da Caritas da ilha de S. Miguel.

O jantar “Sabores Solidários” está agendado para 13 de junho, pelas 19:00 (mais uma hora no continente), num restaurante localizado nas Portas do Mar, em Ponta Delgada, com custo de entrada de 15 euros para os adultos e nove euros para crianças entre os cinco e os dez anos.

Luísa Gonçalves referiu que os donativos financeiros que chegam à instituição “não têm sido muitos”, apesar das necessidades das famílias continuarem a aumentar.

“Há uma empresa que anualmente nos dá 500/600 euros. Nós pegamos nessa verba e dividimos pelos 12 meses do ano e é com essa média que ajudamos as pessoas”, afirmou Luísa Gonçalves, acrescentando que, além disso, a Caritas de São Miguel realiza outro tipo de iniciativas, como o jantar solidário, para reforçar o seu Fundo Social de Emergência.

O Fundo Social de Emergência é um fundo próprio da Caritas da Ilha de S. Miguel e nada tem a ver com o Fundo Social da Caritas dos Açores, que apoia outro tipo de situações.

Alimentação, vestuário e habitação são os principais apoios prestados pela Caritas da Ilha de S. Miguel, que no primeiro trimestre de 2015 ajudou diretamente 450 famílias, maioritariamente nos concelhos de Ponta Delgada e Ribeira Grande.

“Maioritariamente, a problemática é o desemprego e existem situações de endividamento associadas”, referiu Luísa Gonçalves, acrescentando que há casos de famílias que recebem “um apoio pontual e conseguem reorganizar-se e outras necessitam de um apoio permanente e ajuda na reorganização dos respetivos orçamentos familiares”.

Luísa Gonçalves adiantou que entre as famílias apoiadas há “um público muito diversificado”, havendo pessoas com formação académica superior, ensino básico e escolaridade obrigatória e outras que “tiveram uma vida de descontos, costumavam ter trabalho efetivo e agora deparam-se com o desemprego”.

Neste momento, o valor do Fundo Social de Emergência é “residual” e a média mensal disponível para prestar apoio é cerca de 40 euros.

“Não chega para muitas vezes resolvermos um caso”, disse Luísa Gonçalves, que apelou à participação da comunidade na iniciativa de sábado.

CR/Lusa

 

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