Três dias, entre 17 e 19 de outubro para abordar as questões da Família
A Família vai estar no centro dos IV Encontros de Reflexão com que a ouvidoria da Praia, na ilha Terceira, abrirá o ano pastoral, com três sessões, a realizar de 17 a 19 de outubro nas Fontinhas.
“São dias muito interessantes durante os quais refletiremos sobre a questão da família, a partir deste tempo novo e atual. Penso que todos os que participarem encontrarão bons motivos para se enriquecerem” afirmou ao Igreja Açores o padre Emanuel Valadão Vaz.
No primeiro dia será abordada a temática da família nas visões do mundo e da Igreja, “uma questão que toca muito os dias de hoje e que pretende abordar temas que se dizem mais fraturantes como a situação dos recasados, das famílias monoparentais, das questões LGBT”, adianta o ouvidor. Este dia contará com a orientação da psicóloga Raquel Oliveira e do Teólogo Moralista, padre José Júlio Rocha.
No segundo dia “as dificuldades quotidianas das famílias” como “ o exercício da parentalidade”, “os casais com e sem filhos” ou as “dificuldades de educação e criação, indo ao concreto” serão temas a desenvolver pela professora Zulmira Barcelos.
No terceiro e último dia, o diretor espiritual do Seminário Episcopal de Angra, cónego Gregório Rocha, abordar a “espiritualidade para a família”.
Este ano, em junho terminou o ano da família Amoris Laetitia, com o X Encontro Mundial das Famílias em Roma, no final do qual o Papa lembrou que o “amor familiar impulsiona os filhos a voar, não é possessivo, mas sempre de liberdade”.
Na homilia da Missa, Francisco referiu-se à liberdade e disse que os esposos fizeram a “corajosa opção” de não usar a liberdade “para proveito próprio, mas para amar as pessoas que Deus colocou junto” de cada um.
“Em vez de viver como ‘ilhas’, fizestes-vos ‘servos uns dos outros’. Assim se vive a liberdade em família! Não há ‘planetas’ ou ‘satélites’, movendo-se cada qual na sua própria órbita. A família é o lugar do encontro, da partilha, da saída de si mesmo para acolher o outro e estar junto dele. É o primeiro lugar onde se aprende a amar”, afirmou.
O Papa aludiu também ao medo que torna os pais “ansiosos” ou “super-protetores” por temerem que que os filhos não consigam orientar-se no meio da complexidade e confusão” das sociedades”.
“Não é preservar os filhos do mínimo incómodo e sofrimento, mas procurar transmitir-lhes a paixão pela vida, acender neles o desejo de encontrar a sua vocação e abraçar a missão grande que Deus pensou para eles”, afirmou. “E nos momentos difíceis, de crise, que todas as famílias atravessam, por favor não enveredem pelo caminho fácil de voltar para casa da mãe. Não! Avancem… Sigam em frente”, afirmou Francisco.