Cruz da JMJ, na ilha Terceira, inaugurou périplo pela ilha permanecendo na Casa de São Francisco entre 9 de julho e 9 de agosto
As Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição(CONFHIC) desafiam os jovens terceirenses a descobrir Jesus vivo na vida de cada um. As religiosas da CONFHIC, que acabam de receber em sua casa, durante um mês, a Cruz da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) criada pela pastoral juvenil da ilha Terceira, com vista à mobilização dos jovens terceirenses para a JMJ de Lisboa, em 2023, escreveram uma carta aos jovens dizendo-lhes que este foi um momento de “graça, de apelo e de responsabilidade”.
Na carta, que pode ser lida na integra no Sítio Igreja Açores, as religiosas lembram a importância da oração e a responsabilidade do compromisso.
“Ter connosco a cruz da JMJ, erguida sobre o mapa da nossa Ilha Terceira, foi uma grande graça, apelo e responsabilidade” escrevem na carta.
A cruz esteve na Casa de São Francisco, a casa da Cúria Provincial da Congregação na ilha, entre 9 de julho e 9 de agosto e proporcionou às irmãs, sobretudo às mais velhas que residem na casa, “lindos momentos de oração, inspirou e alimentou a nossa oração pessoal e comunitária”, escrevem na carta.
Mas, foi igualmente, um momento de grande “apelo”.
“Sentimos que este apelo é também para cada uma de nós, pois ajudou-nos a perceber que o Senhor quer que nós (esta comunidade) nos mantenhamos de pé, numa atitude de escuta e acolhimento ao seu querer pela oração: O Senhor pede-nos que rezemos mais e mais por todos os jovens, especialmente pelos da nossa Ilha para que estejais abertos aos planos que Deus tem para cada um de vós e para que estejais a altura dos desafios e implicações inerentes” salientam as religiosas.
“Tomamos maior consciência de que temos o dever e a obrigação, não apenas de rezar por vós, mas de vos testemunhar a alegria de amar e servir a Deus”, concluem destacando que esta iniciativa acontece num momento particularmente simbólico em que a congregação está a assinalar 150 anos de existência.
Por isso, as religiosas aproveitam a oportunidade para convidar os jovens a unirem-se em oração.
“Convidamos-vos a unir-vos a nós no louvor e gratidão a Deus pelo dom da nossa Família Religiosa e sua missão no mundo, especialmente nos Açores. Rezem por nós”.
“Queridos jovens, junto da Cruz das JMJ fostes motivo de orarmos por vós, renovarmos o nosso Sim a Jesus, não morto e preso numa cruz, mas vivo em cada uma de nós, em cada um de vós. Bem hajam pela vossa presença entre nós!” adiantam ainda as irmãs que pedem aos jovens para “não terem medo”.
“Não temais! O Senhor está connosco! Olhemos para Maria e acolhamos o que nos segreda: “fazei tudo o que Ele vos disser””, conclui a carta.
Esta cruz parte agora para as comunidades locais e até à JMJ de Lisboa, em agosto de 2023 estará em todas as comunidades da ilha Terceira, seja na paróquia seja nas congregações que assim o desejarem.
A cruz agora criada, em madeira, é uma réplica da primeira cruz da JMJ de 1984, aquando da criação da primeira Jornada Mundial da Juventude pelo Papa João Paulo II, e está assente numa base com a forma da Ilha que é de Jesus Cristo.
No início do Verão “confiamo-la à Comunidade Religiosa das Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, na Casa Provincial do Pico Urze. Confiamos os nossos jovens à sua oração, durante este período estival! A história destas religiosas está fortemente associada à juventude, acompanhamento e formação. Por isso, a sua oração e experiência aquecerão e iluminarão as ações futuras” afirmava a 9 de julho ao Igreja Açores uma nota enviada ao Igreja Açores pelo padre Hélder Miranda Alexandre, responsável pela pastoral juvenil na ilha Terceira.
Embora não haja um guião definido, até porque a cruz vai ficar durante todo o verão nesta comunidade, o que se pretende é “despertar nas comunidades uma grande mobilização rumo à Jornada Mundial da Juventude”. Por isso, a cruz irá percorrer toda a ilha, garante o padre Hélder Miranda Alexandre, responsável pela pastoral juvenil na ilha Terceira.
A cruz irá a todas as paróquias, independentemente de terem ou não grupo de jovens e, em torno dela, serão criados eventos de forma a dinamizar a oração e a preparação para a jornada de Lisboa.
Esta iniciativa está intimamente ligada ao projecto Say Yes, promovido pelo secretariado da catequese do patriarcado de Lisboa e que tem na ilha uma forte expressão.