Iniciativa da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade
A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) vai promover em julho várias sessões de esclarecimento à volta dos fundos europeus disponibilizados para o desenvolvimento local até 2020.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, o presidente-adjunto daquele organismo sublinha a intenção em ajudar as instituições sociais a “perceberem quais as oportunidades” que se levantam e por outro “o que vão ter de fazer para alcançarem os apoios necessários”.
Para João Dias, trata-se de uma oportunidade única para as instituições reforçarem “o trabalho em parceria”, não só entre si mas também “com as autarquias e outros organismos”, em benefício das comunidades locais.
Além das “tradicionais respostas no âmbito da cooperação, da terceira idade e da infância”, a CNIS “tem uma intervenção muito forte em outras áreas”, que têm a ver com a Natureza, com a participação em termos culturais”, recorda aquele responsável.
No âmbito do quadro comunitário de apoio para os próximos cinco anos, é fundamental que as instituições, “com as diferenças que têm, sejam capazes de se juntar” e apostar não só no desenvolvimento local mas também “pessoal”.
Só assim será também possível caminhar no sentido em que “todos, como cidadãos, sejam capazes de crescer e, em conjunto, projetar o país”, frisa João Dias.
No último sábado, a CNIS promoveu em Fátima um seminário intitulado “As instituições e o desenvolvimento local”, com a presença de cerca de 150 representantes de IPSS vindos de todo o país.
Uma iniciativa que contou com a participação do secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida, e do secretário de Estado da Segurança Social, Agostinho Branquinho.
Na sua intervenção, publicada no jornal da CNIS, Manuel Castro Almeida apontou para a necessidade do país “mudar a forma de aplicar os fundos europeus”.
Já em março deste ano, também em declarações reproduzidas pelo jornal “Solidariedade”, Carlos Azevedo, presidente da ESLIDER-Portugal, alertava para a necessidade das IPSS mudarem a sua abordagem aos programas operacionais dedicados ao desenvolvimento local.
Falta de preparação ao nível de projetos e candidaturas, e a inexistência no geral de estruturas profissionalizadas, com competências técnicas de economia e gestão, são alguns dos problemas apontados às instituições sociais.
“Porque os planos operacionais são diferentes de região para região, vamos tentar de forma muito específica dar essa informação às instituições para participarem”, realça o presidente-adjunto da CNIS.
As sessões de esclarecimento durante o mês de julho ainda não têm data definida mas o objetivo é provocar o debate de norte a sul do país.
Uma das áreas que mais beneficiará com o novo Quadro Comunitário de Apoio será a da inclusão social, onde o financiamento passou dos 500 milhões de euros para os 1500 milhões de euros.
CR/Ecclesia