Império da ilha remonta a 1871
O império do Espírito Santo do Corvo é uma das três festas mais participadas na mais pequena ouvidoria da diocese de Angra, a par das festas de Nossa Senhora dos Milagres e de Santo Antão, e acaba de se realizar este fim de semana.
Centenas de corvinos, residentes e não residentes juntaram-se em torno da Terceira Pessoa da Santissima Trindade para honrar uma devoção que data de 1871, data da fundação deste Império que reúne toda a ilha e cujos destinos iniciais estiveram nas mãos de “dois mordomos e sete cabeças”, informa uma nota da ouvidoria.
Em 2010, entraram em vigor os estatutos da irmandade e hoje as festas mobilizam toda a ilha, embora haja uma comissão organizadora que muda de três em três anos, período durante o qual é responsável pela organização do Império de acordo com a nota enviada ao Sítio Igreja Açores pelo Pe Artur Cunha.
À igreja pede-se que organize a parte religiosa celebrando diariamente a Eucaristia depois do terço meditado.
O império reúne quatro coroas: uma muito antiga – a que sempre esteve lá, no altar – mais duas, que foram oferecidas por devotos do Espírito Santo, e uma mais pequena, comprada por ocasião do Centenário da Fundação.
Esta festa que tem como ponto alto, à semelhança das celebrações do Espírito Santo em geral, a missa e a procissão da coroação bem como o bodo, mobiliza toda a ilha especialmente os emigrantes que se deslocam à mais pequena parcela do arquipélago açoriano para viver este momento de partilha do pão, da carne e do queijo, uma novidade em relação a outras ilhas. De resto, no fim de semana que antecede o bodo o sacerdote para além da carne e do pão benze igualmente o queijo, um produto local.
A irmandade, composta por 11 pessoas, é a principal responsável pela dinamização da festa embora todos os corvinos participem de uma forma ou de outra, seja realizando tarefas seja oferecendo donativos.
As festas do Espírito Santo do Corvo realizaram-se este fim de semana.