Último seminarista a testemunhar na ilha neste período activo da pastoral vocacional foi o cónego Adriano Borges, atual reitor do Santuário do Santo Cristo
Igor Oliveira, de São Roque e Pedro Carvalho, de Santa Bárbara, ambos da ilha de São Miguel, estiveram esta semana em Santa Maria quebrando um jejum de presenças de seminaristas, a testemunhar na Semana dos Seminários, durante quase 16 anos.
Os dois jovens frequentam o Seminário Episcopal de Angra e juntaram-se à equipa sacerdotal da ilha- padres Vitor Arruda e Rui Silva- para testemunharem junto de jovens da Escola Secundária, Escuteiros do Agrupamento do Aeroporto e nas diversas Eucaristia, a sua história de vida.
Se é certo que a ilha já deu um bispo- o segundo bispo de Angra, atual bispo emérito, D. António de Sousa Braga- e um sacerdote ordenado há 16 anos- o Pe Marco Bettencourt Gomes- a verdade é que Santa Maria é uma das ilhas onde se têm registado menos vocações nas últimas duas décadas.
“A nossa presença aqui também serve para mostrar aos jovens marienses que os seminaristas são como eles e que o Seminário também pode ser um caminho”, disse Pedro Carvalho num dos testemunhos que pode ver aqui.
O jovem de 21 anos desdramatizou uma “ideia feita de que o Seminário é uma clausura” e lembrou que o Seminário foi a escolha que deu sentido à sua vida.
“O seminário é uma opção como outra : há jovens que escolhem ir para a Universidade para tirar um curso superior e exercer uma profissão. Eu escolhi o Seminário e gostava de poder servir no futuro uma comunidade”, sublinhou o jovem destacando que o Seminário “é uma escola para a vida”.
“Independentemente de sermos ordenados padres ou não quem passa pelo Seminário nunca fica o mesmo”, precisou.
Também Igor Oliveira falou da sua vida e desta escolha.
“Eu era um jovem como outro qualquer: tinha namorada, frequentava a escola, quando decidi que queria ir para o Seminário” destacou o jovem.
“Nem tudo foi fácil mas na vida, seja no casamento, no namoro ou noutra qualquer situação há sempre dúvidas, interrogações e problemas”, acrescentou.
Lembra a importância do seu pároco- Pe Fernando Teixeira- nesta escolha e o apoio da família embora “ainda hoje reconheça que não sabe o que o pai pensa desta decisão”.
“O que vos peço é que rezem por mim e pelos meus colegas e também pelos jovens marienses de forma a conseguimos aqui alguma vocação”.
A semana dos Seminários mobilizou 17 jovens seminaristas em diferentes ilhas do arquipélago que testemunharam a sua vocação e levaram a imagem da casa a outros jovens, entre 6 e 13 de novembro.