Vaticano deixa alertas para consequências do aquecimento global
Vaticano e o Conselho Mundial das Igrejas levaram à COP24 de Katowice (Polónia), que hoje se conclui, mensagens em defesa da preservação do ambiente e contra as consequências do aquecimento global, no presente e no futuro.
A Santa Sé levou uma delegação à Conferência das Nações Unidas sobre o Clima e dirigiu-se diretamente aos participantes, convidando todos a ouvir “o grito da Terra”, com uma particular atenção “às pessoas mais vulneráveis por causa das mudanças climáticas”.
A COP24 conta com representantes de quase 200 países, que debatem as conclusões do relatório do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC, sigla em inglês) no qual se apela a uma ação “urgente e sem precedentes” para conter o aquecimento global.
O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, esteve na Polónia para pedir “vontade política” na aplicação das soluções recomendadas pelos especialistas, na defesa da natureza, dos Direitos Humanos e dos mais pobres.
Os líderes reunidos em Katowice procuram desenvolver um programa de trabalho para concretizar o Acordo de Paris (2015), com entrada em vigor no ano de 2020.
Na linha do que defendeu o Papa Francisco, na encíclica ‘Laudato Si’, a delegação do Vaticano sustenta que é possível “limitar” o aquecimento global, com base num modelo de desenvolvimento livre de tecnologias e comportamentos que aumentam a produção de emissões de gases com efeito de estufa
A Santa Sé apresentou “três pilares” para o programa de trabalho a ser estabelecido: um fundamento ético “claro”; um compromisso de promoção da dignidade da pessoa humana, aliviando a pobreza, promovendo o desenvolvimento humano integral e diminuindo o impacto das alterações climáticas; e uma atenção constante às necessidades de hoje e de amanhã.
Já o Conselho Mundial de Igrejas, a Federação Luterana Mundial e a ‘Act Alliance’, que representam mais de 500 milhões de cristãos no mundo inteiro, pedem aos líderes presentes na COP24 uma renovada solidariedade global.
“Não podemos perder mais tempo. É chegado o momento de agir”, afirmou o secretário geral do Conselho Mundial de Igrejas, Olav Fykse Tveit.
Entre as instituições presentes na Polónia esteve a Fundação Fé e Cooperação, ligada à Conferência Episcopal Portuguesa.
(Com Ecclesia)