Primeira iniciativa dos “Diálogos no Tempo” realiza-se a 17 de janeiro no Museu Militar em Ponta Delgada
A Diocese, através do Instituto Católico de Cultura, em parceria com as Ouvidorias, serviços e movimentos da Igreja, inicia no próximo dia 17 de janeiro um ciclo de conferências, tertúlias ou debates -por vezes mais do que um por mês- intitulados “Diálogos no Tempo” que visam concretizar a vivência do ano jubilar no diálogo com a realidade de hoje.
“Em cada mês e em cada ouvidoria haverá uma conferência que relacionará a esperança com a realidade de hoje. Estamos a concretizar a vivência do ano jubilar nesta perspetiva de que a esperança é real e dirige-se a todos” afirmou ao Igreja Açores Monsenhor José Constância, diretor do Instituto Católico de Cultura.
A primeira iniciativa tem lugar já no dia 17 de janeiro e abordará o tema da Paz.
A tertúlia “A Esperança na Paz” terá lugar no Museu Militar, situado no Forte de São Brás em Ponta Delgada e reunirá dois militares, um deles recentemente mobilizado para uma missão de paz numa zona de conflito em África. O capitão João Fonseca e o Sargento Ajudante Augusto Damásio irão debater a construção da Paz a partir da ótica militar, seguindo uma perspetiva cristã. A partir da experiência concreta de ambos- numa perspetiva de missão e de estudo, respetivamente- irão refletir sobre os conceitos de guerra e paz ao longo da história; a ligação da mensagem cristã, nomeadamente a partir de Fátima, e a paz. A abordagem da esperança na paz, a partir do conceito geoestratégico de guerra e paz, sob a ótica cristã, envolve uma análise que integra dimensões teológicas, éticas e geopolíticas. O cristianismo, como religião e cosmovisão, oferece uma perspectiva única sobre a paz, baseada tanto nas Escrituras quanto nos ensinamentos de Jesus Cristo, ao mesmo tempo em que interage com as realidades do mundo contemporâneo, como a guerra, o conflito e as dinâmicas geopolíticas.
Na dinâmica geoestratégica, onde os conflitos muitas vezes são vistos como disputas por poder, recursos ou influência, a esperança cristã na paz aponta para a necessidade de uma transformação dos corações e das estruturas sociais, políticas e económicas que alimentam as guerras. Isso implica não só a busca por cessar-fogo, mas também a transformação das causas profundas dos conflitos, como injustiças sociais, económicas e políticas.
A tertúlia, que será moderada pelo capelão militar padre Bruno Espínola e terminará com um apontamento musical, decorre no Museu Militar, em Ponta Delgada, a partir das 20h00 e tem entrada livre.
“Estes momentos, abertos a crentes e não crentes, destinam- se a conhecer, aprofundar e discernir sobre as razões da Esperança cristã, a partir dos sinais dos tempos que nos revelam uma humanidade ferida e faminta de amor, que procura um sentido para a vida”, pode ainda ler-se na sinopse preparada pelo Grupo Coordenador do Jubileu sobre este evento, que se prolongará mensalmente ao longo deste ano santo.
“Estes encontros devem propor o encontro com Cristo, através do diálogo, do debate e do aprofundamento teológico, respeitando sempre a liberdade individual de cada um”, lê-se ainda.
Em fevereiro vão realizar-se dois momentos desta iniciativa “Diálogos no Tempo”: “A Esperança na doença, na morte e no luto”, no dia 14 de fevereiro, no Hospital do Divino Espírito Santo, às 16h00 e a conferência sobre a “História dos Jubileus nos séculos XVIII e XIX na diocese de Angra”, no dia 20 de fevereiro, às 20h00, no Cine Teatro da Lagoa.
Em março, no dia 13, a Igreja de São José receberá, pelas 20h00, a tertúlia a “Esperança na parentalidade responsável”.
Estes momentos formativos prosseguem no mês de abril na Ribeira Grande; em maio no Santuário Diocesano de Nossa Senhora da Paz ; em junho no Pico, no santuário Diocesano do Senhor Bom Jesus e em julho será a vez de São Jorge acolher a Aldeia da Esperança. Em setembro, a iniciativa “Diálogos no Tempo” ruma até Angra do Heroísmo, ao Estabelecimento Prisional e em outubro será a vez das Flores acolher a iniciativa. Em novembro está agendada uma conferência na Horta e em Dezembro uma tertúlia no santuário de Nossa Senhora da Conceição.
Todos estes eventos terão entrada livre, à excepção do que se realizará no contexto de reclusão em Angra.