Bispo chega esta quarta-feira aos Açores onde vai ser coadjutor na Diocese de Angra
O livro ‘A Igreja em diálogo com o mundo’ reúne artigos escritos por D. João Lavrador no jornal ‘Voz Portucalense’ onde existe uma “leitura” de acontecimentos eclesiais e outros “sempre num humanismo cristão” e foi apresentado no Porto.
“O título no fundo é este diálogo, esta compreensão, este perspetivar a partir da Doutrina Social da Igreja o que são os grandes acontecimentos que marcam o dia-a-dia, que eram relevantes e ajudariam o povo de Deus através dessa mesma reflexão a encontrar um sentido esses mesmos acontecimentos”, revelou D. João Lavrador.
Nestes artigos, publicados entre maio de 2009 e julho de 2015, o prelado ajudou a “ler” acontecimentos eclesiais ou outros “sempre pela lógica do humanismo cristão”.
‘A Igreja em diálogo com o mundo’ conta com 86 artigos de opinião divididos em sete capítulos: “Evangelho e cultura”, “Promover a justiça e a paz”, “Testemunhar a alegria do Evangelho”, “Promover a renovação comunitária”, “Comunidade e ministérios”, “Alguns âmbitos educativos – Família/Escola” e “Maria de Nazaré”.
Recentemente nomeado pelo Papa Francisco como bispo coadjutor de Angra, nos Açores, D. João Lavrador assinala que esta publicação “é quase um gesto de gratidão”, uma maneira de “agradecer o acolhimento do povo de Deus” da Diocese do Porto”.
‘A Igreja em diálogo com o mundo’ é publicado quando se celebram os 50 anos e, nesse sentido, o autor considera que hoje deve-se “olhar” o mundo “não no sentido condenatório” mas, sobretudo, para “oferecer os valores do Evangelho”.
“Enriquecemo-nos mutuamente neste diálogo, enriquece a Igreja e enriquece-se o mundo assim estejamos dispostos a ouvirmo-nos mutuamente e a construir o único reino que Jesus Cristo nos trouxe”, acrescentou D. João Lavrador destacando que “na realidade do mundo os leigos têm a primazia sobre a hierarquia” onde têm de “ser testemunhas”.
O bispo do Porto, que escreveu o prefácio da obra, observou que o “testemunho” do até agora bispo-auxiliar fica escrito e “palavras do bem que fez” permanecem.
“As sementes que ele lançou, o trabalho que realizou e de quanto nos ensinou a aprender nestes novos caminhos de diálogo da Igreja com o mundo”, explicou D. António Francisco dos Santos.
Para o prelado, o leitor “não pode ser apenas” o destinatário da mensagem, como o cristão não poder ser apenas o destinatário da Boa Nova e tem de ser “discípulo missionário abrindo caminhos.
“Sem complexos em tabus, sem limitações neste diálogo porque ao tornarmos a sociedade mais humana estamos a tornar mais presente a mensagem do Evangelho e mais disponíveis as pessoas a Jesus Cristo”, desenvolveu D. António Francisco dos Santos.
O diretor editorial da Paulus Editora, que publicou a obra revelou que os artigos publicados desde 2009 “continuam” a manter a sua atualidade “pela forma como foram escritas e pelo seu conteúdo” e a capacidade do autor em “escrever para todos”.
“Não apenas para os católicos mas todos os que são os homens de boa vontade. É uma linguagem que se debruça muito sobre os valores culturais e a partir destes valores vai-se levando o E a toda a humanidade”, acrescentou o diretor editorial da Paulus Editora à Agência ECCLESIA.
No auditório do Paço Episcopal do Porto, o diretor do semanário Voz Portucalense, o padre Manuel Correia Fernandes, adiantou que os textos “sempre foram muito apreciados pelos leitores”.
CR/Ecclesia