Igreja diocesana celebra dia do doente este domingo

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A Igreja Católica açoriana celebra hoje o Dia Diocesano do Doente, tendo como pano de fundo a mensagem do Papa, na qual Francisco assinala que a doença coloca a fé em Deus “à prova” mas revela “toda a sua força positiva”.

“A doença, sobretudo se grave, põe sempre em crise a existência humana e suscita perguntas que nos atingem em profundidade. Podemos sentir-nos desesperados, pensar que tudo está perdido, que já nada tem sentido. Nestas situações, a fé em Deus se, por um lado, é posta à prova, por outro, revela toda a sua força positiva”, escreve.

Francisco contextualiza que não é porque a doença, tribulações ou perguntas desapareçam mas porque “dá uma chave para descobrir o sentido mais profundo” do que se está a viver.

“Uma chave que nos ajuda a ver como a doença pode ser o caminho para chegar a uma proximidade mais estreita com Jesus”,  assinalando que esta chave é dada por Maria, a mãe de Jesus.

Para o responsável pela Comissão Diocesana da Pastoral da Saúde, a igreja tem aqui um papel fundamental inaugurando a “terapia da proximidade e da compaixão à semelhança do samaritano bom, curando e cuidando de todos os que mais precisavam”.

Numa entrevista ao Sítio Igreja Açores que pode ler na integra aqui, o Pe Paulo Borges, que é capelão do Hospital do Divino Espírito Santo em Ponta Delgada, lembra que hoje as doenças são variadas, que é preciso acompanhar os doentes não só do ponto de vista terapêutico mas também espiritual.

A Comissão Diocesana da Pastoral da Saúde tem como principais objetivos trabalhar para que todos consciencializem a dimensão terapêutica da espiritualidade, aliás como já é enfatizado pela OMS.

“Desenvolver estratégias com os doentes e seus familiares, juntamente com os profissionais de saúde, de terapia de acompanhamento humanizador e espiritual ou diligenciar para que o acompanhamento espiritual e religioso chegue a todos os que o peçam e dele precisem, como indispensável ao processo terapêutico da cura e cuidado à pessoa” estão entre as prioridades desta comissão diocesana, acrescenta o sacerdote.

O dia mundial dos doentes foi assinalado a 11 de fevereiro, e na altura o Papa convidou à oração pelos cuidadores.

“Convido a rezar pelos doentes e a fazer-lhes sentir o nosso amor. Que a mesma ternura de Maria esteja presente na vida de tantas pessoas que se encontram ao lado dos doentes, sabendo acolher as suas necessidades, mesmo as mais impercetíveis”.

A mensagem do Papa desenvolve-se sobre o episódio bíblico das bodas de Caná, “um ícone da Igreja” e destaca a “esperança” que existe neste acontecimento para todos onde se “manifestam os traços distintivos de Jesus e da sua missão” e revela a “solicitude” de Maria que “reflete a ternura de Deus”.

Para o Papa, “sãos ou doentes” todos podem “oferecer canseiras e sofrimentos” como a água que “encheu as vasilhas nas bodas de Caná e foi transformada no vinho melhor”.

Francisco incentiva cada hospital ou casa de recuperação a “ser sinal visível e lugar para promover a cultura do encontro e da paz”.

CR

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