Iniciativa decorre a 13 de maio, altura em que a paróquia de Santa Cruz realiza a sua Procissão das Velas
A Paróquia de Santa Cruz da Graciosa vai entronizar, no próximo dia 13 de maio, duas imagens oficiais dos santos Francisco e Jacinta Marto, informa uma nota do ouvidor e pároco, Pe. Sérgio Mendonça.
A iniciativa do pároco, juntamente com a colaboração de muitos fieis, pretende assinalar o primeiro ano de canonização dos mais jovens santos não-mártires da igreja que subiram aos altares numa celebração integrada no Centenário das Aparições da Virgem em Fátima, no ano passado, presidida pelo Papa Francisco.
As imagens feitas a partir dos retratos oficiais dos dois videntes de Fátima, apresentados na Cova da Iria a 8 de maio de 2017, serão benzidas e entronizadas na Capela do Espírito Santo da Igreja Matriz de Santa Cruz cujo altar-mor tem estado a ser alvo de obras de conservação e restauro, pelo escultor/entalhador Alcino Carvalho, ao serviço do Atelier de Conservação e Restauro da Ilha de São Jorge que com uma vasta equipa está a liderar o processo.
Inspiradas numa foto tirada pouco antes das aparições de 13 de outubro de 1917, as imagens são acompanhadas por uma candeia na mão de cada santo, evocando a expressão “candeias que Deus acendeu” usada por São João Paulo II a 13 de maio de 2000, altura em que foram beatificados.
Os santos Francisco e Jacinta nasceram em Aljustrel, na freguesia de Fátima, a 11 de junho de 1908 e a 11de março de 1910, respetivamente.
Ainda com tenra idade começaram a trabalhar no pastoreio do rebanho dos pais, na zona da Cova da Iria, e foi nesse local que juntamente com a prima Lúcia testemunharam seis aparições de Nossa Senhora, num período entre maio e outubro de 1917.
Os novos santos, que estão sepultados na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, situada junto ao recinto de oração, acabaram por viver uma vida intensa mas curta.
Francisco Marto faleceu a 4 de abril de 1919 em Aljustrel, com 10 anos, vítima de um surto de gripe pneumónica que assolou Portugal nesta época. Quanto à irmã, Jacinta Marto, morreu a 20 de fevereiro de 1920, com 9 anos, mas em Lisboa, no Hospital Dona Estefânia, onde estava internada devido à mesma doença.