A Igreja Católica celebra anualmente, a 13 de junho, a festa litúrgica de Santo António, padroeiro da cidade de Lisboa, onde nasceu em 1195, numa casa situada a poucos metros da catedral.
O jovem Fernando entrou no mosteiro agostiniano de São Vicente, onde viveu durante dois anos antes de integrar a comunidade de Coimbra; em setembro de 1220, Fernando deixou os agostinianos para integrar a ordem dos franciscanos, onde assumiu o nome de António, pelo qual é hoje conhecido, a nível global.
Na Itália, destacou-se como pregador e primeiro professor de Teologia da recém-criada Ordem Franciscana; faleceu em 1231 e foi sepultado em Pádua, Itália, tendo a sua fama de santidade levado o Papa Gregório IX a canonizá-lo, a 30 de maio de 1232.
Em 1946, Pio XII proclamou-o como “doutor da igreja universal”, com o título de ‘Doctor Evangelicus’ (Doutor Evangélico).
Em 2020, por ocasião dos 800 anos da vocação franciscana do santo português, o Papa Francisco convidou os católicos a imitar a vida de Santo António, destacando a “inquietação que o levou pelas estradas do mundo a testemunhar, com palavras e obras, o amor de Deus”.
A carta, enviada ao ministro-geral da Ordem dos Frades Menores Conventuais, destacava o exemplo do religioso português perante “as dificuldades das famílias, os pobres e desfavorecidos”, bem como a “paixão pela verdade e justiça”.
O Papa considera que a vida de António, “santo antigo, mas tão moderno”, ainda hoje pode “suscitar um generoso compromisso de doação, em sinal de fraternidade”.
“É necessário ver o Senhor no rosto de cada irmão e irmã, oferecendo a todos consolação, esperança e a possibilidade de encontrar a Palavra de Deus sobre a qual ancorar a própria vida”, escreve.
Primeiro foi para Marrocos, determinado a viver corajosamente o Evangelho nos passos dos franciscanos ali martirizados; depois desembarcou na Sicília, após um naufrágio nas costas da Itália, como acontece hoje com tantos dos nossos irmãos e irmãs”.
Já em 2019, Francisco assinalou no Vaticano a festa de Santo António, que evocou como “padroeiro dos pobres e de quem sofre”.
Um ano antes, o Papa evocou o religioso português como “doutor da Igreja e patrono dos pobres”.
“Que ele voz ensine a beleza do amor sincero e gratuito; só amando como ele amou, ninguém à volta de vós se sentirá marginalizado e, ao mesmo tempo, vós mesmos sereis cada vez mais fortes nas provações da vida”, declarou.
As celebrações em honra de Santo António, na cidade de Lisboa, incluem a tradicional Missa festiva, na Catedral, esta terça-feira, às 15h00, sob o mote “O jovem Santo de Lisboa saúda os jovens de todo o mundo”, apontando à próxima Jornada Mundial da Juventude.
(Com Ecclesia)