Mensagem da Comissão Episcopal responsável pelo setor lembra importância de projetar «família alegre e feliz»A Comissão Episcopal do Laicado e da Família (CELF) divulgou uma nota sobre o Dia dos Namorados, que se assinala hoje, deixando votos de que este tempo sirva para “concretizar o sonho de constituir uma família saudável”.
“Saudamos todos os namorados no dia que lhes é dedicado. Fazemo-lo com alegria e esperança, augurando-lhes um futuro feliz”, escrevem os bispos que acompanham o setor familiar, na Conferência Episcopal Portuguesa.
Na mensagem, enviada à Agência ECCLESIA, o organismo católico fala do namoro como “um direito e um dever de quem se sente chamado ao matrimónio”.
“Desejamos que o namoro seja cada vez mais uma oportunidade para um maior conhecimento mútuo em ordem à concretização de um projeto de família alegre e feliz”, pode ler-se.
Segundo os responsáveis católicos, uma “grande maioria” dos jovens aspira a “constituir uma família estável e duradoura”, apesar de crescerem na “lógica do individualismo” e das ideologias que “desvalorizam o matrimónio e a família”.
“Os jovens sabem que só uma família sólida, inclusiva e respeitadora das diferenças, dá garantias de crescimento saudável e feliz”; acrescenta a mensagem.
A Igreja, recorda o texto, propõe que o tempo de namoro seja “um itinerário de reflexão, de fé e de discernimento”.
“A história de um casal e da sua família começa a escrever-se neste tempo do namoro, com as tintas da verdade e da delicadeza, sem falsas artimanhas de conquista, sem antecipar passos para, por medo de rejeição ou abandono, prender e comprometer o outro”, acrescentam os membros da CELF.
A mensagem recorda as situações de “fracasso familiar” como uma experiência “dolorosa para todos” que deixa marcas, pelo que é necessário investir numa “verdadeira preparação para o matrimónio”.
O dia dos namorados está em destaque nas emissões deste domingo dos programas ECCLESIA (06h00), na Antena 1, e ‘Oitavo Dia’ (10h30), na TVI.
Liturgicamente, 14 de fevereiro é o dia de São Cirilo e de São Metódio, embora se multipliquem as referências a São Valentim, que segundo a tradição foi um dos primeiros bispos de Terni, Itália, e morreu mártir durante o reinado do imperador Cláudio II, no século III.
O seu nome está ligado a algumas lendas – provavelmente nascidas em França ou Inglaterra, quando este dia começou a ser dedicado aos namorados – desenhadas a partir das histórias em torno de São Valentim, decapitado a 14 de fevereiro por se ter recusado a renunciar ao Cristianismo e por, secretamente, ter celebrado o casamento entre uma jovem cristã e um pagão legionário, apesar da proibição de Cláudio II.