Teólogo português sublinha importância de uma reflexão sobre o “quotidiano”
O professor catedrático de Teologia João Manuel Duque venceu o Prémio Árvore da Vida/Padre Manuel Antunes, anunciou hoje a Conferência Episcopal Portuguesa, referindo que a distinção recolheu a unanimidade do júri.
Professor na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, João Manuel Duque foi considerado, pelo júri “uma figura marcante da cultura portuguesa”.
O vencedor da edição de 2021 é doutorado em Teologia Fundamental pela Philosophisch-Theologische Hochschule Sankt Georgen, Frankfurt, e é pró-reitor da Universidade Católica, presidente do Centro Regional de Braga e diretor-adjunto da Faculdade de Teologia.
“O seu currículo desvela-nos um cruzador de fronteiras (não por acaso, título de uma das suas obras, Fronteiras: Leituras Filosófico-Teológicas, Porto, 2011, entre a teologia e a filosofia; entre estes saberes e a arte, especialmente a música (compositor que é, membro de coro e diretor artístico, em Portugal e na Alemanha, além de uma reiterada reflexão no campo, traduzida em diversas publicações e no ensino na Escola de Artes da UCP, no Porto)”, afirmou, em comunicado, a Conferência Episcopal.
O prémio foi instituído em 2005 pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura para destacar um percurso ou obra que reflitam o humanismo e a experiência cristã. “É composto pela escultura “Árvore da Vida”, de Alberto Carneiro, e 2.500 euros”, de acordo com a mesma fonte.
Nas edições anteriores foram galardoados o poeta Fernando Echevarría, o cientista Luís Archer S. J., o cineasta Manoel de Oliveira, a classicista Maria Helena da Rocha Pereira, o político e intelectual Adriano Moreira, o trabalho de diálogo entre Evangelho e Cultura levado a cabo pela Diocese de Beja, o compositor Eurico Carrapatoso, o arquiteto Nuno Teotónio Pereira, o pedagogo Roberto Carneiro, o jornalista Francisco Sarsfield Cabral, a artista plástica Lourdes Castro, o professor de Medicina e Bioética Walter Osswald, o ator e encenador Luís Miguel Cintra, o ator Ruy de Carvalho, o historiador José Mattoso e o ensaísta Eduardo Lourenço.