Furna do Enxofre acolhe presépio vivo este sábado

Iniciativa envolve diferentes entidades

A Furna do Enxofre, na ilha Graciosa, Açores, acolhe pela primeira vez um presépio ao vivo, este sábado, um evento de acesso gratuito que vai contar com a atuação de um coro infanto-juvenil.

“Estamos agora na época de Natal e tivemos a ideia de fazer um presépio no interior da furna”, afirmou Madalena Picanço, do Centro Interpretativo da Furna do Enxofre à agência Lusa, acrescentando que o evento decorrerá entre as 14:30 e as 16:00 (mais uma hora em Lisboa).

A Furna do Enxofre, com um comprimento de 194 metros e cerca de 50 metros de altura de teto em forma de abóbada na parte central, começou a ser explorada no século XIX por vários investigadores, entre os quais o príncipe Alberto I do Mónaco, e os naturalistas Ferdinand André Fouqué e Georg Hartung.

O acesso ao interior da gruta, onde também existe um lago, faz-se por uma torre de cantaria e alvenaria com 37 metros de altura, que contém uma escada em caracol com 183 degraus, acesso cuja construção foi concluída em 1939.

Madalena Picanço, técnica no parque natural da Graciosa, referiu que estará representado no interior da furna o quadro do nascimento de Jesus, com “aproximadamente dez pessoas como figurantes”.

A responsável adiantou que esta iniciativa, que decorrerá junto às fumarolas dentro da furna, vai contar com a colaboração da Pastoral Juvenil da Graciosa, ao nível do guarda-roupa.

A acompanhar o presépio ao vivo estará o coro infanto-juvenil de São Mateus, um grupo que já atuou no interior da furna e regressa agora de “forma voluntária para cantar algumas músicas de Natal”.

“É uma novidade. Nunca se fez e ao mesmo tempo podem ouvir um concerto no interior da furna que, devido à sua acústica, é muito interessante”, considerou Madalena Picanço, revelando que anualmente o local recebe uma média de cinco mil visitantes, com entradas pagas (3,5 euros por bilhete).

Por norma, dentro da furna não podem estar mais que 30 pessoas.

O espaço é diariamente monitorizado por aparelhos da Universidade dos Açores para aferir o nível de concentração de dióxido de carbono. Quando é excedido o limite legal, obriga a encerrar o acesso ao interior da gruta.

Para o próximo ano estão já a ser equacionadas novas atividades para a Furna do Enxofre, tendo Madalena Picanço destacado uma descida em rapel à gruta, com apoio dos bombeiros locais, “algo que já não acontece há três anos e que na altura se revelou um sucesso”.

CR/Lusa

 

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