Nas solenidades litúrgicas em honra de São Francisco de Assis, que decorreram ontem na Feteira, o Bispo de Angra apelou ao “regresso às raízes” para ultrapassar a crise que o mundo atravessa.
D. António de Sousa Braga aproveitou o momento de ação de graças para exortar todos os açorianos a renovarem o seu compromisso com o carisma franciscano.
“Neste momento de crise e de mudanças só poderemos avançar se voltarmos às raízes” disse o prelado lembrando que “ as pessoas e os povos são como as árvores: vivem de raízes”.
Percorrendo o pensamento e o exemplo vivo de São Francisco, a partir das palavras do evangelho, o Bispo de Angra lembrou o significado da Cruz “que não é o caminho da morte mas sim do amor que vence o mal”.
Depois, convidou todos os cristãos, em particular os açorianos, a viverem mais intensamente a oração e tal como São Francisco, aproximarem-se mais de Jesus.
“Quem está em cristo está em paz”, disse o responsável pela Igreja açoriana lembrando uma vez mais São Francisco de Assis que se despojou de uma vida de luxo para estar ao serviço dos outros, com simplicidade, humildade e muita oração.
No entender do Bispo de Angra é este, também, o caminho que qualquer cristão deve fazer.
A festa litúrgica de São Francisco de Assis, nos Açores, teve lugar este ano na Freguesia da Feteira onde a Fraternidade local assinalou ontem 100 anos de autonomia e coincidiu com a abertura do novo ano pastoral da Diocese.
Depois do tríodo que decorreu durante a semana, as celebrações mais importantes foram concentradas no domingo, com uma missa e uma procissão solene, presididas pelo Bispo de Angra.
Ao todo, nas ilhas, os Franciscanos são cerca de mil, distribuídos por 17 fraternidades espalhadas por São Miguel e pelo Faial mas é na ilha Terceira que a comunidade é mais forte e mais numerosa.