Papa denunciou “terrorismo” na Terra Santa
O Papa encontrou-se hoje, no Vaticano, com familiares de reféns israelitas e de prisioneiros palestinos, denunciando o “terrorismo” que marca o atual conflito na Terra Santa.
“Esta manhã recebi duas delegações, uma de israelitas que têm familiares como reféns, em Gaza, e outra de palestinos, que têm parentes prisioneiros em Israel. Sofrem muito e percebi como sofrem as duas partes”, disse Francisco, falando perante os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, para a audiência pública semanal.
“As guerras fazem isto, mas aqui fomos para lá da guerra, isto já não é guerra, isto é terrorismo. Por favor, vamos em frente, pela paz. Rezem pela paz, rezem muito pela paz”, apelou.
Um grupo de palestinos, presentes no Vaticano, levantaram fotos e cartazes com a palavra “genocídio”, denunciando a situação em Gaza.
Os encontros com familiares de reféns e prisioneiros, anunciado no último dia 17, decorreu na Casa de Santa Marta, onde o Papa reside.
A Santa Sé tinha apresentado esta iniciativa como encontros de “caráter exclusivamente humanitário”, para manifestar a “proximidade espiritual” de Francisco com o sofrimento de israelitas e palestinos.
“Que o Senhor ponha a sua mão, ali, e nos ajude a resolver os problemas e não a prosseguir com paixões que, no fim, matam tudo. Rezemos pelo povo palestino, rezemos pelo povo israelita, para que a paz venha”, pediu o Papa, esta manhã.
Francisco quis ainda evocar “aqueles que sofrem com as guerras em tantas partes do mundo, especialmente pelo querido povo da Ucrânia, a martirizada Ucrânia”.
“No final do ano litúrgico, voltemos o nosso olhar para Cristo, rei do universo e príncipe da paz. Abramos espaço para o seu reino nos nossos corações, na nossa sociedade e no mundo inteiro. Peçamos o dom da sua paz”, tinha pedido antes, na saudação aos peregrinos de língua alemã.