Flores inauguram memorial que evoca as vítimas do acidente do Pico da Esperança

Iniciativa da autarquia de Santa Cruz contou ainda com a celebração de uma missa na Igreja Matriz de Santa Cruz

Foto: Ouvidoria das Flores/AMG

A ouvidoria das Flores associou-se esta quarta-feira à inauguração do memorial que assinala os 25 anos da queda do avião ATP da Sata Air Açores “Graciosa” que se despenhou no Pico da Esperança em São Jorge, vitimando os 35 ocupantes da aeronave, 22 dos quais eram florentinos.

A benção do monumento, no jardim principal de Santa Cruz, foi feita pelo ouvidor padre Júlio Alexandre Rocha e o presidente da Câmara de Santa Cruz José Carlos Mendes, numa saudosa alocução, evocou o triste acontecimento ainda muito presente nas memórias de todos , manifestando a solidariedade da autarquia ali representada no memorial, informa uma nota enviada ao Sítio Igreja Açores.
A seguir, com a presença numerosa de fiéis de toda a ouvidoria, na igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição teve lugar uma celebração solene da eucaristia com participação interparoquial , sufragando as almas de todos os falecidos no fatídico acidente.

O ATP “Graciosa”, depois de uma escala prévia no aeroporto da Horta, despenhou-se no Pico da Esperança, na ilha de São Jorge, semeando novamente a tragédia num arquipélago que já tinha sofrido inúmeras catástrofes na década de 90, com as das cheias da Povoação (1996) e as derrocadas da Ribeira Quente (que mataram 29 pessoas em 1997), ambas em São Miguel; e o sismo do Faial (que matou 8 pessoas em 1998), que afectou as ilhas do Pico e de São Jorge.

O Bispo de Angra de então, D. António de Sousa Braga, foi dos primeiros a chegar ao local do acidente procurando dar apoio às comunidades que estavam em choque. A bordo do avião seguia um sacerdote, o padre Júlio Soares que servia nas Flores.

Segundo o relatório da autoridade aeronáutica, o voo fez um desvio sem que a tripulação se apercebesse que estava já a cruzar a linha da costa norte de São Jorge. Três segundos antes do primeiro impacto, o alarme do “Graciosa” soou. Nessa altura, o co-piloto alertou para a perda de altitude do avião e de “estar em cima de São Jorge”. É então que piloto (com mais de 20 anos de experiência) e co-piloto, instintivamente, aumentam as potências dos motores, mas tarde de mais.

O Bispo de Angra, que se encontra em São Jorge presidirá daqui a pouco a uma eucaristia em Santo António, na zona pastoral dos Nortes, juntamente com todo o clero da ilha, evocando a memória das vítimas e das famílias que perderam os seus entes queridos nesta tragédia.

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