Pico e São Miguel concretizam tradição com vastos programas celebrativos
Arrancou esta quinta-feira na Lagoa, na ilha de São Miguel, a festa em honra de Nossa Senhora das Candeias, com uma missa celebrada na Ermida Nossa Senhora do Cabo, seguida de bênção e procissão das candeias entre esta ermida e a Igreja Matriz de Santa Cruz.
A festa religiosa precede três dias de música que Santa Cruz da Lagoa viverá até ao próximo domingo, com uma missa solene, às 11h30, que será animada pela Sociedade Filarmónica Estrela D´Alva, seguida de procissão. Amanhã, o centro da cidade da Lagoa, na ilha de são Miguel receberá o Cantar às Estrelas e no dia 1, às 21h30, a Sociedade Filarmónica Estrela D`Alva celebrará o seu aniversário com um concerto no Salão Paroquial da Igreja Matriz de Santa Cruz, que contará com a participação do Grupo de Cantares Tradicionais de Santa Cruz.
Também em Ponta Delgada e na Ribeira Grande far-se-á celebração destes cantares às estrelas, mas a festa terá um cunho mais profano.
No Pico, a paróquia da Candelária, já começou a festa em honra de Nossa Senhora das Candeias com o novenário no qual estão a participar os movimentos da paróquia, zonas e a congregação religiosa residente, que animam as eucaristias celebradas por quase todos os sacerdotes da ilha. No último dia do novenário é assinalada a festa da dedicação da Igreja.
As festas de Nossa Senhora das Candeias são uma importante manifestação de religiosidade popular. No Pico, por exemplo, é a única festa religiosa existente no inverno no Concelho de Madalena, a que pertence a freguesia de Candelária.
‘Candeia’ e ‘Candelária’, palavras que significam ‘vela’ ou ‘círio’, são termos derivados do latim ‘candere’ (‘arder’).
Na festa da Apresentação do Senhor [Jesus], também conhecida como festa da Candelária, que a Igreja Católica assinala a 2 de fevereiro, a liturgia prevê a possibilidade de as missas começarem com uma procissão de velas acesas.
O rito deriva da principal leitura bíblica proclamada na celebração, quando um homem idoso chamado Simeão se referiu a Jesus, que estava a ser ritualmente apresentado no templo de Jerusalém, como “luz para iluminar as nações”.