A única comunidade de Jesus, Maria e José da diocese de Angra volta a organizar a sua festa de verão
Depois de alguns anos de interregno, acumulando os dois de pandemia, a Comunidade de Jesus, Maria e José, única na Diocese com este orago, volta a realizar a sua festa de Verão, este fim-de-semana.
A festa, que este ano é presidida pelo ecónomo da diocese, cónego António Henrique Pereira, Com atividades cívicas e religiosas, envolve o trabalho e a presença de mais novos e mais velhos, num verdadeiro diálogo intergeracional como adianta uma nota enviada pelo pároco ao Igreja Açores.
“Sendo uma comunidade pequena, onde todos se conhecem, as festas só foram possíveis de se realizar graças à cooperação com a autarquia de Ginetes da qual o lugar depende administrativamente, e à generosidade de um grupo de paroquianos voluntários que abraçaram o projeto de organização” afirma o padre Marco Sérgio Tavares na nota enviada ao Igreja Açores.
Com a temática da família na ordem do dia da Igreja Universal, neste retomar de Igrejas vazias, o pároco espera que haja um novo fôlego e, sobretudo, uma aproximação da juventude, quando Portugal se prepara para o grande evento JMJ Lisboa 2023.
A última procissão realizou-se em 2017, tendo sido presidida por D. José Avelino Bettencourt, então chefe do Protocolo de Estado da Santa Sé e hoje Núncio Apostólico na Geórgia e Arménia.
Segundo a página da internet “Várzea dos Açores”, a origem da única Igreja da Diocese dedicada à Sagrada Família, Igreja de Jesus, Maria e José remonta aos “primórdios do Século XVIII, no ano de 1701, a benemérita Maria de São Tiago, – solteira, filha do Capitão Bartolomeu de Teve que morou na Lomba dos Mosteiros –, doou o terreno para a construção da Igreja e do adro, bem como o terreno anexo de meio alqueire de terra, onde fora construída a residência do cura.
Doou ainda, a mesma senhora, seis alqueires de terra de pão, – enquanto o mundo existisse –, com o rendimento de dois mil reis para sustento do culto. Doação por escritura pública, feita em catorze de Agosto de 1701.
A autorização para a edificação da Igreja foi concedida pelo Rev. Bispo da Diocese de Angra, D. António Vieira Leitão, por alvará datado de vinte e dois de Fevereiro de 1702, conforme documento encontrado no Arquivo. Foi este Documento que criou a Igreja, que os nossos antepassados tanto desejavam para o exercício religioso, de modo especial para a celebração da Eucaristia Dominical.
Com a doação do mencionado terreno, donativos da população e de alguns ricos proprietários, deu-se início à construção da Igreja, a qual terminou em Novembro de 1704. Pequeno templo, simples, de traça genuinamente tradicional das Igrejas dos Açores, com altares de talha modesta, dourados.
No dia dezasseis de Novembro do ano 1704, foi concedida a autorização pelo Bispo Diocesano, para nela se poder celebrar a Eucaristia.”