Às 9h10 da manhã (hora dos Açores) o Papa Francisco abriu a Porta Santa da Basílica de São Pedro
Passavam dez minutos da 9h00 da manhã, hora dos Açores, quando o papa Francisco abriu a Porta Santa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, inaugurando o Ano Santo da Misericórdia, que se prolonga até novembro de 2016.
“Esta é a Porta do Senhor, por esta porta entram os justos… abram-me as portas da justiça… entrarei para agradecer ao Senhor” disse o Santo Padre que com três movimentos abriu a Porta Santa, a primeira a ser aberta e uma das quatro portas da Misericórdia que estarão abertas em Roma, até novembro do próximo ano.
Recorde-se que em todas as dioceses do mundo as Portas Santas das Catedrais e demais igrejas jubilares serão abertas no próximo domingo. Na Diocese de Angra a Porta Santa da Sé de Angra será aberta às 18h00 do dia 13, pelos dois prelados.
Em Roma o Papa, como Bispo de Roma, abrirá a Porta da Basílica de São João Latrão (a catedral de Roma); São Paulo Fora de Muros e Santa Maria Maior, cuja Porta Santa só será aberta no dia 1 de janeiro, serão as outras duas basílicas que terão a sua Porta Santa aberta durante todo o ano.
A Porta Santa significa que há um percurso extraordinário durante um ano que é aberto, rumo à salvação e por isso, para que todos os que não possam ir a Roma, local de peregrinação por excelência, possam obter esta indulgência, serão abertas e designadas igrejas jubilares em todas as dioceses do mundo.
Depois de abrir a Porta Santa, Francisco deteve-se alguns minutos no pórtico, esperando dentro da Basílica de São Pedro pelo Papa Emérito Bento XVI, o segundo a passar a Porta e que não assistiu à celebração Eucarística da Solenidade da Imaculada Conceição devido às condições meteorológicas mas esperou pelo Papa perto da Porta Santa.
Quando a Porta foi aberta entoou-se o hino deste Ano Santo e o Papa dirigiu-se ao Altar das Confissões de onde deu a bênção a todos os presentes.
O Papa abriu o Ano Santo da Misericórdia nesta terça-feira, 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição, lembrando que esta festa “exprime a grandeza do amor divino”.
“Deus não é apenas o único que evita o pecado, também Maria o evitou , porque foi preservada do pecado por Deus e isso deve ser para nós um exemplo”.
“Entrar por aquela Porta significa descobrir a profundidade da misericórdia do pai que a todos acolhe e vai pessoalmente ao encontro de cada um. Neste ano, deveremos crescer a convicção da misericórdia”, pediu Francisco durante a homília.
A intervenção lamentou a “injustiça” que e faz a Deus quando se afirma, em primeiro lugar que os pecados são “punidos pelo seu julgamento”, sem colocar em primeiro lugar, pelo contrário, que “são perdoados pela sua misericórdia”.
“Que o cruzamento da Porta Santa nos faça sentir participantes deste mistério do amor. Ponhamos de lado qualquer forma de medo e temor, porque não se coaduna com quem é amado; vivamos antes a alegria do encontro, com a graça que tudo transforma”, insistiu o Santo Padre.
Desde cedo, milhares de fiéis formaram filas para entrar na Praça São Pedro. Apesar da chuva fina e do frio em Roma, após a celebração, os fiéis começaram a passar pela Porta Santa da Basílica Vaticana aberta por Francisco.
O início do Jubileu coincide com os 1 mil dias de Pontificado de Francisco, o Papa que recolocou a misericórdia no centro da ação evangelizadora da Igreja.
Na altura em que proclamou este Ano Santo, Francisco disse que o objetivo é provocar uma revolução da ternura em diferentes níveis fazendo um gesto simbólico todos os meses. E para já sabe-se que numa sexta feira de cada mês o próprio Papa vai dar expressão á misericórdia através de obras concretas. No dia 18, no coração de Roma, junto á estação ferroviária Termini, o papa vai abrir a porta do albergue da Cáritas.
Até hoje foram declarados 26 anos santos ordinários e dois extraordinários – em 1933- redenção- por Pio IX e 1993- Redenção- por João Paulo II.