Açores participaram com cerca de 900 jovens entre peregrinos e voluntários, de todas as ilhas
A Jornada Mundial da Juventude de Lisboa ficará recordada como “uma jornada histórica” quer pelos temas tratados pelo Papa quer pela experiência vivida pelos jovens, afirmou esta tarde ao sítio Igreja Açores o responsável pela pastoral juvenil diocesana, padre Norberto Brum.
“Os temas tratados como a paz, a justiça, o valor da vida, o cuidado do outro e da casa comum, são temas caros aos jovens e que nos ajudarão, quer pela forma como foram tratados, seja pelo Papa seja pela própria organização- foi uma jornada muito ecológica- quer pela experiência que vivemos enquanto grupo, a considerar que vivemos um momento histórico” afirmou o sacerdote.
“Julgo que é uma jornada histórica do nosso tempo que nos deixa um legado para dar uma volta na Igreja” clarifica sublinhando que, no que respeita ao arquipélago, ficam duas grandes realidades.
“Há duas questões que temos de agarrar: por um lado, o Pacto da Montanha e toda a dinâmica que se gerou e que tem de se manter; por outro lado, os textos do Papa têm que ser transpostos para a nossa vida e para a vida destes jovens”, afirmou o padre Norberto Brum.
“Temos à porta o Jubileu da Esperança, em 2025, em Roma… Não podemos arrefecer”.
Por isso, o sacerdote já propôs que anualmente se fizesse um evento envolvendo a juventude e tendo como pano de fundo a natureza, pois “os jovens são muito sensíveis às questões ambientais”, referiu.
“Mas, não só. Cabe-nos a nós sacerdotes envolvidos na pastoral juvenil, párocos e outros agentes descodificar os textos do Papa Francisco e levá-los ao coração dos jovens”, disse ainda.
“A ideia de uma igreja inclusiva de todos, para todos e com todos caiu muito bem junto dos jovens dos açores e de todos os jovens”, sublinha o padre Norberto Brum, destacando que a experiência de “comunhão e solidariedade” foi muito “vivida neste grupo”.
“Alguns tiveram de ser assistidos pois havia muito cansaço por causa das distâncias, das temperaturas elevadas e ninguém ficava para trás. Houve sempre um grande espirito de entre ajuda e de amizade e isso é fundamental” refere.
“Levamos daqui esta semente para um trabalho muito estimulante na nossa diocese.Cansados, é verdade; alguns eram bastante novos para as vivência e sentiram essas dificuldades, mas cheios de vontade”, concluiu.
Os cerca de 900 participantes incluíam jovens de todas as ilhas: peregrinos, membros do Caminho neocatecumenal e voluntários.