Francisco Maduro Dias explica ao Igreja Açores o porquê de uma missa evocativa da revolução dos cravos de 1974
A celebração que irá decorrer no dia 25 de abril, pelas 19h00, na Igreja de Santa Lúzia de Angra é em simultâneo “uma obrigação, uma necessidade e uma vontade” afirmou ao Igreja Açores Francisco Maduro Dias, presidente da Comissão Diocesana Justiça e Paz que juntamente com o assistente decidiu celebrar uma missa evocativa dos 50 anos do 25 de abril.
” Considero que foi mais um passo da humanidade que nos é mais próxima para a tal irmandade e fraternidade que todos desejamos e ansiávamos” e, por isso, era “para mim natural participar nestas comemorações de uma data tão relevante” refere o dirigente.
“Nem se trata de reclamar um direito; é natural comemorar para fazer memória de um tempo em que havia gente que não podia dizer o que queria, para além da coragem, de saber como se pode dizer sem que o outro sofra direta ou indiretamente” referiu ao Igreja Açores o responsável pela Comissão Diocesana Justiça e Paz.
“O 25 de abril foi o abrir de uma porta e mais um passo para a Democracia embora ela seja um devir continuo e inacabado” referiu, salientando que um dos grandes problemas da sociedade atual é tudo girar “à volta do eu” tendo-se “perdido a noção do nós”.
“Hoje valorizamos mais o indivíduo do que o coletivo ou o bem comum. É uma atitude pouco cristã, com a qual não nos podemos identificar de forma alguma” refere Maduro Dias destacando que é preciso difundir a ideia de que “para uma pessoa crescer o outro não só não tem que morrer como não morre mesmo”.
“Tenho todo o direito de tentar crescer, de ajudar o outro a crescer; numa palavra tenho o direito e o dever de ser irmão, mas nunca impedir que outros cresçam tal e qual como eu” conclui o dirigente.
A Missa evocativa dos 50 anos do 25 de abril é uma oportunidade para celebrar os valores da Democracia e da Liberdade, afirma ainda.
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