Pelo padre Rui Silva
Participar numa Romaria Quaresmal, é sempre um momento único e irrepetível. O ano passado, tive o privilégio, a oportunidade e a graça, de realizar a minha (Romeiros da Ribeirinha – Ribeira Grande). Muitos tiveram que interromper e cancelar a sua, pelos motivos que todos sabemos. Hoje, somos chamados a não caminhar pelas estradas e atalhos da ilha de São Miguel, por um bem maior. Pela proteção da tua vida e da vida de todos.
A romaria, não tem prazo de validade. Se hoje, não podemos ir, talvez seja ocasião para pensarmos mais e melhor, na nossa condição de cristãos num mundo em contínua mudança e interrogarmo-nos sobre o modo de sermos cristãos hoje e como poderemos ser melhores cristãos amanhã.
Perante a situação atual, não devemos baixar os braços. Façamos a nossa romaria participando ativamente nas celebrações eucarísticas e nas iniciativas paroquiais. Prestemos mais atenção uns aos outros, cuidemos mais uns dos outros, dediquemos mais tempo á oração pessoal, comunitária e familiar.
Devemos sentir em nós, neste tempo estranho que estamos a viver, “como bronze a fundir-se”, para dar lugar a uma esperança renovada no desejado encontro, entre um eu, Deus e os outros. Não é altura para cruzarmos os braços ou encolher os ombros. É o momento para “atiçarmos” a nossa fé, para o encontro com Deus e com o mundo.
A nossa vida espiritual, o nosso relacionamento com Deus, passa por deixar-se surpreender com Deus, abrir-se às supressas de Deus. Deixa-te levar por Ele.
E assim, abraço-te na esperança de melhores dias.