O padre Ivo Santos, do Patriarcado de Lisboa, e o padre Francisco Rodrigues, da Diocese de Angra, realizaram uma ‘missão porta a porta’ sem dinheiro nem alforge, numa paróquia da ilha do Pico .
“Esta experiência foi muito importante para confirmar a minha missão, dar ainda mais alento e perceber que quando nos entregamos à missão de alma e de coração, a vida de oração está em dia e quando recorro ao Senhor para que me guie não tenho nada a temer”, afirmou o padre Ivo Santos.
Neste contexto, em declarações à Agência ECCLESIA, o sacerdote frisou que a missão nos Açores “foi experiência espetacular”.
A ‘missão porta a porta’ foi realizada no dia em que a Igreja Católica celebrou a memória de São João Maria Vianney, o padroeiro dos sacerdotes, a 4 de agosto.
O presbítero do Patriarcado de Lisboa, que teve essa experiência de evangelização “sem nada” pela primeira vez, explica que foi um dia de “receber muitas graças” e os dois padres foram muito bem recebidos na Paróquia de Santo Antão, na Freguesia da Ribeirinha.
“Começamos por fazer uma oração na igreja a pedir o Espírito Santo e foi curioso que apareceu logo um casal a dizer que nos dava boleia”, recorda o padre Ivo Santos revelando que ficaram “impressionados” até porque ofereceram também “uma refeição”.
Segundo o padre Francisco Rodrigues, foi “um dia excepcional de ver como o Senhor providenciava em tudo”.
“Foi uma forma lindíssima de celebrar o dia do sacerdote, estar disponível, em que nada nos faltou”, acrescentou o pároco de São Caetano e de São João, na Ilha do Pico, que escolheu uma paróquia distante das suas.
Neste contexto, o padre Ivo Santos destacou que foram “tocar em todas as portas e foi engraçado”, uma vez que algumas pessoas abriram a porta, outras não, e houve quem dissesse que “não tinham tempo”.
“Dizíamos que fazíamos só uma oração, e habitualmente todas as pessoas faziam”, realça o pároco de Turquel e de Évora de Alcobaça, no Patriarcado de Lisboa.
“Usamos o terço, a Bíblia e em cada casa dávamos a bênção, proclamávamos uma Palavra ao acaso, e em alguma rezávamos uma dezena. Foi excecional ver como nos acolheram com alegria imensa e grande parte queria dar-nos almoço, o lanche”, exemplificou, por sua vez, o padre Francisco Rodrigues.
Os dois sacerdotes encontraram pessoas “com sofrimento, com grandes tribulações”, a quem procuraram levar uma palavra de conforto, de esperança.
(Com Ecclesia)