D. Manuel Felício considera a Constituição «estruturante» e afirma que a relação comunitária é o grande «deficit» da sociedade actual
D. Manuel Felício, bispo da Guarda, considera a constituição Lumen Gentium “estruturante” do II Concílio do Vaticano e defende que a relação comunitária “é o grande «deficit» da sociedade atual”.
No artigo sobre a Constituição Dogmática «Lumen Gentium» que celebra, esta sexta-feira, 21 de novembro, os cinquenta anos da sua promulgação pelo Papa Paulo VI, o bispo da Guarda realça que este documento “estruturante da árvore” do II Concílio do Vaticano “pretende responder à pergunta fundamental sobre a identidade da Igreja em si mesma”.
Para D. Manuel Felício “viver e testemunhar a experiência da comunhão é o melhor serviço que a Igreja pode prestar ao mundo de hoje”, lê-se no artigo publicado na última edição do Semanário ECCLESIA.
A renovação introduzida pelo II Concílio do Vaticano nas formas de entender “a vida da Igreja” pediu que “se criassem instrumentos adaptados ao exercício da participação”, sublinha o prelado da diocese do interior do país.
Nesta linha renovadora, D. Manuel Felício destaca os “sínodos dos bispos que, desde Paulo VI acontecem com regularidade temporal, constituídos por representantes dos episcopados de todo o mundo”.
“Mas também são de lembrar aqui as Conferências Episcopais, criadas por países ou zonas territoriais e, nas dioceses, os sínodos diocesanos, os conselhos presbiterais e os conselhos pastorais”, acrescenta.
Como “ser católica é uma das notas identitárias da Igreja”, o bispo da Guarda sublinha no artigo que “nesta abertura à catolicidade”, a Lumen Gentium conclui que “todos os homens são convidados a entrar na unidade católica do Povo de Deus”.
A catolicidade da Igreja “obriga a ir ainda mais longe”, no esforço de promover o diálogo com todos, conclui
Os 50 anos da promulgação da Constituição Dogmática «Lumen Gentium» são o tema para o dossier temático da última edição do Semanário ECCLESIA.
CR/Ecclesia