Numa carta enviada a todas as dioceses do mundo, o Vaticano dá aos bispos pistas para interpretar a exortação apostólica “Amoris Laetitia”, que será publicada sexta-feira
O documento do Papa sobre a família, que será apresentado na sexta-feira, tem por objectivo “recontextualizar” e não mudar a doutrina da Igreja.
O Vaticano distribuiu aos bispos de todas as dioceses do mundo, um texto com a chave de leitura para o tão esperado Documento do Papa sobre a Família, que será divulgado na próxima sexta-feira.
A exortação apostólica pós-sinodal é a etapa final dos dois sínodos que se realizaram em Roma em Outubro de 2014 e de 2015. Por enquanto, deste documento que algumas fontes dizem que terá 200 páginas, só se conhece o título “Amoris Laetitia”.
Na carta enviada aos bispos, a secretaria-geral do sínodo pede que, nas suas dioceses, apresentem publicamente a exortação do Papa que, “não pretende mudar”, mas sim “recontextualizar” a doutrina do Evangelho sobre o matrimónio e a família.
Juntamente com uma “conversão da linguagem”, duas das chaves de leitura necessárias para a pastoral dos bispos são “o discernimento e o diálogo”. Ou seja, descentrar-se, dialogar com todos e “não dar por adquirida a formulação da verdade nem as opções tomadas”, sendo necessário considerar “não só a verdade objectiva”, mas também a “boa vontade e o desejo de salvação”.
Estas recomendações enviadas aos bispos recordam ainda que “a preocupação pastoral não deve ser interpretada em contraposição ao direito”, nem se trata “de adequar a pastoral à doutrina ou à teologia”, mas sim de “recontextualizar a doutrina ao serviço da pastoral da Igreja”
Além destas indicações, o Vaticano também enviou aos bispos alguns excertos da “Teologia do Corpo” de João Paulo II e das catequeses sobre a Família do Papa Francisco.
(Com Rádio Renascença)