Encontro na Ribeira Quente pretende avaliar condições para “revitalização” do movimento
Três dirigentes nacionais do Movimento de Ação Católica Rural (ACR) estão de visita a São Miguel para participarem num encontro com dirigentes locais, dos dois núcleos que ainda conservam alguma atividade na Diocese de Angra, que se realiza este sábado na Ribeira Quente.
A deslocação do assistente nacional do movimento , Pe Querubim Silva e de dois dirigentes leigos, Pedro Lavrador e Roger Madureira, insere-se numa tentativa de “revitalização” dos núcleos ainda existentes em São Miguel- Ribeira das Tainhas e Ribeira Quente- e também na Terceira, embora desta vez a visita se circunscreva à ilha do grupo Oriental.
“No último encontro nacional que tivemos em maio esteve cá uma delegação açoriana e depois de alguma troca de impressões decidimos que seria importante perceber se há condições para revitalizarmos o ACR no arquipélago e tomarmos contacto com os problemas existentes, uma vez que se trata de uma diocese distante e dispersa” disse ao Sítio Igreja Açores o Pe Querubim Silva.
O encontro vai decorrer durante o sábado na Ribeira Quente e insere-se nos contactos que os dirigentes nacionais fazem um pouco por todo o país, ao longo do ano.
O ACR está presente em 16 dioceses, conta com 1650 membros (de acordo com o sitio da internet) e, nos Açores, teve sempre como interlocutor privilegiado o Pe Silvino Amaral. Hoje a presença na diocese é quase residual registando-se dois núcleos organizados nas ouvidorias da Povoação e Vila Franca do Campo (ilha de São Miguel) e também na ouvidoria da Terceira.
No continente, os núcleos mais fortes são os do Norte e centro do país, com particular destaque para Viseu, Braga e Viana do Castelo. Em Lisboa, o Movimento possui “uma dinâmica própria” e é particularmente ativo da área Oeste.
A Ação Católica Rural é um movimento formado e dirigido por leigos, criado em 1922 pelo Papa Pio XI e que chega a Portugal em 1933. Obedece às caraterísticas gerais da Ação Católica e dedica-se de forma organizada à evangelização e promoção do meio rural, sendo estas ações fruto do método de Revisão de Vida (ver, julgar, agir).
O ACR é hoje um Movimento que congrega, nas equipas de base paroquial, equipas diocesanas e a nível nacional, homens e mulheres que caminham apostolicamente em conjunto, tendo-se iniciado, muitos deles, nos Movimentos Juvenis Agrários (JAC/JACF), que foram a sua escola de vida e de apostolado.