Padre Hélder Miranda diz que o problema se estende também às vocações laicais e pede mais compromisso das comunidades, numa semana em que a Igreja católica é instada a rezar pelas vocações
A Semana de Oração pelas vocações, que a Igreja católica está a assinalar em todo o arquipélago até dia 21, domingo do Bom Pastor, é “um momento para rezarmos não só pelas vocações consagradas mas todas as vocações, com destaque para a matrimonial” refere o responsável pela Pastoral Vocacional nos Açores, padre Hélder Miranda Alexandre, atual pároco da Sé de Angra.
“São tempos de grandes desafios e, por isso, muito exigentes porque há o problema da carência de vocações não só na vida consagrada mas também noutros sectores e, por isso, temos de rezar pelas vocações em geral” refere o sacerdote.
O Serviço Diocesano da Pastoral Vocacional e Ministérios, para assinalar a Semana Nacional da Oração pelas Vocações com o tema “Para quem sou eu?” vai ter um workshop vocacional, na paróquia da Terra Chã, na ilha terceira, no dia 20 de abril, entre as 16h30 e as 17h30, envolvendo os jovens da catequese. À noite haverá no mesmo lugar uma Vigilia de Oração, onde não irá ser esquecida uma particular intenção pela Irmã Maria Rita Ornelas, religiosa das Servas de Nossa Senhora de Fátima, natural da paróquia da Sé, que nesse dia faz os seus votos definitivos, em Lisboa.
O Responsável nacional, D. Vitorino Soares, diz que a oração pelas vocações e discutir a falta delas não “pode ser matéria tabu, ou apenas da exclusividade de alguns, ou então preocupação para um dia ou para uma semana”.
O presidente Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios (CEVM) pediu que este setor seja uma prioridade nas comunidades católicas, no seu “dia-a-dia”, das conversas à pastoral.
“Se a questão das vocações estiver na ordem do dia, nenhum de nós se sentirá excluído em ser semeador de esperança e construtor de paz, no ambiente em que habita e no estado devida em que se encontra”, escreve D. Vitorino Soares, na nota pastoral para a Semana de Oração pelas Vocações, que vai decorrer de 14 a 21 de abril.
O responsável católico explica que assinalar esta data “não é só dar importância ao assunto”, nem “reforçar a necessidade da oração”, mas “é sobretudo um alerta e um despertar” para a realidade das vocações na vida da Igreja e “na vida de cada discípulo de Jesus, no contexto global do projeto de Deus”.
“A prioridade é trazer a questão para o nosso dia-a-dia, para as nossas conversas, para as nossas catequeses, para as nossas celebrações, para a nossa pastoral. Não pode ser matéria tabu, ou apenas da exclusividade de alguns, ou então preocupação para um dia ou para uma semana”, desenvolve o presidente da CEVM, que é bispo auxiliar do Porto e reitor do Seminário Maior da diocese.
‘Para quem sou eu?’, é o tema da semana de oração pelas vocações e da nota pastoral, a partir da Exortação Apostólica ‘Cristo Vive’ (nº 286), do Papa Francisco.
O Papa Francisco na sua mensagem para o Dia Mundial das Vocações, intitulada ‘Chamados a semear a esperança e a construir a paz’, afirma que as pessoas não são ilhas, mas “partes do todo”, de uma “polifonia de carismas”, que cumpre na escuta do chamamento divino o desejo de felicidade.
O presidente da CEVM destaca que o Papa, na sua mensagem, ressalta a diversidade dos carismas e a importância da oração, assinalando que “será sempre um suporte”, não só para o IV Domingo da Páscoa mas para “alimentar a coragem dos jovens em deixar-se cativar por Jesus” e a confiar-lhe as suas questões mais profundas, ao longo de todo o ano, respondendo à pergunta: “Para quem sou eu?”.
A Comissão Episcopal Vocações e Ministérios, dos bispos de Portugal, publicou na sua página na internet vários subsídios, para a vivência da Semana de Oração pelas Vocações 2024, que se realiza de 14 a 21 de abril, as mensagens, orações, encontros de formação, cartaz e aula de EMRC, que foram preparados pelo Secretariado Diocesano da Pastoral das Vocações de Viana do Castelo.
(Com Ecclesia e Vatican News)