Pe Jacinto Bento promove formação sobre o itinerário da misericórdia em Jerusalém
O diretor do Serviço Diocesano para a Pastoral da mobilidade Humana disse esta quarta feira à noite, em Ponta Delgada, que Jerusalém e a Terra Santa, em geral, são “sítios onde nunca tem medo”.
“É um dos locais mais seguro e protegido que eu conheço” refere o sacerdote, pároco em São Pedro de Angra, na ilha Terceira.
O Pe Jacinto Bento apresentou esta quarta feira à noite, em Ponta Delgada, o itinerário da misericórdia na Terra Santa, percorrendo cinco lugares chave da história da salvação.
A iniciativa, que começou na Horta e terminará em Angra, esta quinta feira, com uma palestra no Seminário Episcopal, visa dar a conhecer os lugares que compõem a designada terra Santa, antiga Palestina, o povo, a sua prática religiosa e alguns documentos que se afigurem interessantes na perspetiva do catolicismo, no Ano Santo da Misericórdia, e sobretudo, dada a proximidade da realização de uma peregrinação diocesana a Jerusalém.
No percurso apresentado, já ao jeito de uma peregrinação virtual, destaque para cinco locais centrais do Evangelho: Nazaré onde habita a misericórdia; Belém, o berço da humanidade; Rio Jordão, onde Jesus Cristo foi batizado; Cafarnaum onde se procedeu ao anuncio da misericórdia e finalmente Jerusalem, a plenitude da misericórdia.
O sacerdote , que é guia acreditado junto do Patriarcado Latino de Jerusalém lembrou que uma peregrinação à Terra Santa é “maravilhosa” e para muitos “servirá de bálsamo à sua fe”.
Recordou a visita de papas a esta zona do globo, que se iniciou com Paulo VI, em 1964, e referiu que hoje, apesar dos constrangimentos políticos, religiosos e sociais, esta é uma zona segura.
O sacerdote que orienta visitas guiadas de grupos portugueses (é um dos guias de língua portuguesa acreditados) lembrou que o papa Paulo VI foi o primeiro papa a ir à Terra Santa em 1964, em pleno concilio. E a 25-III-1975 publicou uma exortação apostólica ,Nobis in animo, na qual sublinhou a importância deste lugar para compreender a história da salvação e inclusive “uma geografia da salvação”. A este propósito o Pe Jacinto Bento recordou as palavras de Bento XVI salientando “que a Terra Santa é uma espécie de Evangelho vivo, onde podemos visitar e tocar os nossos antepassados; uma espécie de quinto Evangelho”.
Esta iniciativa insere-se no plano de actividades do Serviço Diocesano da Pastoral da Mobilidade Humana e serve, igualmente, para apresentar não só o plano da peregrinação diocesana a este lugar mas também deixa um desafio para quem ainda está indeciso.
“Compreender a misericórdia a partir do seu lugar de origem é fundamental” refere o sacerdote que disse aos presentes que neste ano Santo da Misericórdia “mais gente possa juntar-se a esta peregrinação”.