Diocese desafiada a prestar “socorro de emergência” a refugiados da Ucrânia

Sacerdotes convidados a fazer um levantamento de espaços disponíveis nas paróquias

A Igreja diocesana acaba de ser desafiada a prestar “socorro de emergência” a refugiados da Ucrânia.

Numa carta dirigida a todo o clero, o Administrador Diocesano pede a colaboração de todos, sacerdotes e leigos, no sentido de se proceder à disponibilização de espaços físicos para acolher refugiados.

O pedido refere-se especificamente a habitação para alojamento e insere-se num desafio lançado pelo Governo Regional dos Açores.

“Tendo o Governo Regional pedido colaboração à Diocese de Angra, no sentido de fazer um levantamento da oferta disponível em todas as ilhas para eventual acolhimento de refugiados ucranianos, peço aos senhores enquanto párocos, presidentes de IPSS e conhecedores de paroquianos e instituições com casas ou quartos disponíveis ou outros serviços de apoio, que nos dêem indicações” refere a carta assinada pelo cónego Hélder Fonseca Mendes.”A questão que se coloca neste momento é para um socorro de emergência, de abrigo, caso seja necessário, até que se encontrem medidas mais consolidadas” refere ainda, apelando a generosidade de todos.

O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, apelou esta segunda-feira à paz na Ucrânia e garantiu que a região está de “braços abertos” para receber familiares de imigrantes ucranianos.

“Temos uma comunidade ucraniana nos Açores, que, se entender poder aqui acolher e receber os seus familiares, será de braços abertos que a Região Autónoma dos Açores receberá os ucranianos que decidam vir à procura de paz nos Açores”, afirmou o chefe do executivo açoriano, em declarações aos jornalistas, em Ponta Delgada, à margem de uma audiência com o comandante operacional dos Açores, tenente-general Luís Morgado Baptista.

José Manuel Bolieiro reiterou o “apelo à paz”, em nome do Governo Regional dos Açores, esperando que possam ser dados “passos significativos” no regresso da paz à Ucrânia.

O presidente do executivo açoriano salientou, por outro lado, o “serviço inestimável de apoio às populações” prestado pelas forças armadas nos Açores.

 

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