Iniciativa, em parceria com a Universidade Católica, começa em 2018
O Instituto Católico de Cultura, criado ainda no episcopado de D. Aurélio Granada Escudeiro vai ser reativado em São Miguel e terá uma dimensão diocesana, anunciou ao Igreja Açores o bispo de Angra.
Numa entrevista ao programa de rádio que irá para o ar este domingo, depois das 12h00 no Rádio Clube de Angra e na Antena 1 Açores, onde faz o balanço do ano pastoral antes das férias, D. João Lavrador diz que em breve será nomeado o novo diretor do instituto e o passo seguinte será a criação e aprovação dos estatutos.
Este Instituto fica na dependência direta do Vigário Episcopal para a Formação, cónego Ângelo Valadão, e terá uma intervenção “decisiva” na formação de leigos, articulando a sua ação com o Seminário Episcopal de Angra. Entre as prioridades está a “montagem” do curso de Ciências Religiosas numa parceria com a Universidade Católica Portuguesa.
“Os professores de Educação Moral e Religiosa Católica bem comos os leigos que estejam diretamente implicados na actividade dos serviços ou quem queira aprofundar estudos religiosos tem agora uma oportunidade para desenvolver estes estudos”, refere ainda o prelado.
E, porque um dos objectivos, é que o Instituto tenha dimensão diocesana algumas das aulas serão ministradas através das novas plataformas digitais com ensino à distância- e learning e Skype.
“Teremos formação de nível superior mas também teremos outras formações e o Instituto terá um papel decisivo nessa matéria” acrescenta ainda D. João Lavrador.
Na entrevista ao programa de rádio Igreja Açores o prelado fala ainda da necessidade de envolver os jovens na pastoral da igreja, ainda mais no ano em que haverá um sínodo de bispos sobre a juventude. Também a pastoral social continuará a merecer a atenção prioritária da igreja diocesana. D. João lavrador lança mesmo um repto a vários sectores da sociedade, nomeadamente empresários e agricultores, pedindo-lhes que sejam protagonistas “contribuindo através das suas opções para uma sociedade onde haja mais emprego”.
“Estamos satisfeitos com os novos indicadores que dão conta de uma diminuição do desemprego- e sobretudo do desemprego jovem- na Região, mas enquanto houver alguém sem trabalho temos de continuar a lutar pois a falta de emprego é um dos principais flagelos”, refere o bispo de Angra.
Neste âmbito está já agendada uma reunião para o dia 4 de outubro, no Centro pastoral Pio XII, em Ponta Delgada, como forma de sensibilizar empresários e paróquias para esta problemática.
“Queremos construir uma sociedade solidária, aberta e sem medos com empresas solidárias e por isso apelo aos nossos empresários que mais do que participarem em actividades solidárias sejam agentes de mudança”, refere ainda.
O bispo de Angra, nesta conversa onduzida por Tatiana Ourique, faz ainda o balanço do ano pastoral, marcado pela reorganização administrativa da diocese- criação de quatro vigararias (três de zona e uma para a formação)- , a ordenação de mais um sacerdote e o investimento numa igreja assente na ministerialidade, em que todos os ministérios são valorizados.
O bispo de Angra deixa um apelo: a que todos os cristãos melhorem a sua prática dominical, porque “é na Eucaristia que o cristão se revigora”.