Novo ano pastoral diocesano arranca formalmente este domingo
Como é tradição arranca hoje, primeiro domingo de outubro, o ano pastoral na diocese de Angra com as orientações definidas pelo bispo no apoio aos mais pobres, sobretudo as crianças e jovens.
No documento, que pode ser consultado no portal `Diocese de Angra”, o bispo da diocese açoriana, D. João Lavrador, desafia a estrutura católica da região a “caminhar cada vez mais na opção pastoral pelos pobres e excluídos” e na procura de um “maior envolvimento das comunidades cristãs” na resolução deste desafio.
Dentro deste âmbito, uma das maiores preocupações na região é a pobreza juvenil e infantil.
“Os jovens são hoje as maiores vítimas da exclusão social. Importa analisar como o desemprego os atinge; como são atraídos para a marginalidade; como a sociedade lhes fechou a oportunidade de sonharem com um futuro feliz”, pode ler-se.
O programa pastoral da Diocese de Angra para 2017/2018 realça a importância de incentivar “sobretudo as crianças e jovens a persistirem na escolaridade”, pois a educação é vista como um meio essencial para abrir horizontes.
“Urge colocar como uma das prioridades, se não mesmo como a prioridade principal da Pastoral Social dos Açores, a ação cooperada e em rede dirigida à promoção do bem-estar da criança e jovem, continuando a trilhar um caminho que possa levar à erradicação dos graves problemas que ainda afetam uma grande percentagem de crianças e jovens dos Açores”, sublinha D. João Lavrador.
Ao mesmo tempo, é preciso “que as diversas organizações que atuam no combate à exclusão criem verdadeiros programas de promoção, dando o protagonismo ao excluído e oferecendo-lhe os meios para a sua autonomia”.
São vários os problemas que podem levar à marginalidade e exclusão social, mas no contexto da região açoriana, a questão da “dependência” e do “abuso de substâncias” será um dos pontos a trabalhar a médio e longo prazo.
Tanto na família, “alavanca fundamental na prevenção de comportamentos aditivos na idade adulta”, e na escola, onde se pretende “dotar os alunos e pais de informação, atitudes, valores e competências necessárias para decidir de forma racional e autónoma perante a oferta e consumo de substâncias”.
Sobre o Sínodo dos bispos sobre os jovens, a igreja e a fé, a diocese açoriana está empenhada em dar também uma atenção especial ao setor da “pastoral vocacional”, contando para isso com a colaboração das famílias.
O objetivo é enfrentar outro problema que afeta a Igreja Católica em geral, a falta de vocações, de padres e religiosos.
“Cada família terá de cuidar do desenvolvimento vocacional de cada um dos seus membros, sobretudo das crianças e jovens; de igual modo a comunidade cristã, na catequese e nos grupos de jovens, deve ter como finalidade a vocação que toca a cada um dos que a integram”, determina o plano pastoral deste ano.
A criação do Conselho Consultivo Diocesano da Pastoral Social, constituído por representantes de todos os serviços e organismos da diocese, para além de uma plataforma digital intitulada Igreja Açores + Próxima, onde se promoverão debates e reflexões sobre as várias iniciativas desenvolvidas pela diocese no âmbito social, são duas das ações concretas previstas nas Orientações Diocesanas de Pastoral.