Os dois retiros de São Miguel e Terceira são orientados pelo claretiano Abílio Pina Ribeiro e a formação permanente é assegurada pelos dominicanos Frei José Nunes e Frei Bento Domingues
Estão já abertas as inscrições para os três turnos do retiro anual do Clero, na Diocese de Angra, que se realizam entre 26 e 30 de janeiro, no Centro Missionário do Sagrado Coração de Jesus, em São Miguel; de 2 a 6 de fevereiro, na Casa de Retiros de Santa Catarina, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira e de 6 a 10 de abril, na ilha do Pico.
Os dois primeiros turnos, em São Miguel e na Terceira serão orientados pelo Claretiano Pe Abílio Pina Ribeiro e o do Pico pelo Cónego António Rego.
Simultaneamente, está prevista para os dias 30, 31 de janeiro e 2 de fevereiro a realização de uma formação permanente para todos os agentes de pastoral, incluindo os leigos.
Esta formação, que será orientada pelos dominicanos Frei José Nunes e Frei Bento Domingues, realiza-se no Centro Missionário do Sagrado Coração de Jesus, em Ponta Delgada, nos dias 30 e 31 de janeiro, para o clero e no dia 30 de janeiro à noite, na Igreja do Colégio, também em Ponta Delgada, destinada a leigos.
Em Angra do Heroísmo, a formação terá lugar no Salão do Seminário Episcopal e na Casa de retiros de Santa Catarina, a 1 e 2 de fevereiro, para leigos e clero, respetivamente.
As datas agora indicadas estão invertidas em relação ao que estava previsto no Guia com as orientações diocesanas de pastoral, devido a questões de natureza logística que se prendem com a ocupação dos locais de realização quer dos retiros quer das formações.
As fichas de inscrição para uma e outra iniciativa devem ser enviadas para os serviços da Cúria diocesana até ao dia 11 de janeiro, estando essa responsabilidade centrada nos ouvidores.
Esta formação surge na sequência do Conselho presbiteral que a definiu como “uma prioridade”. De resto o Bispo de Angra, nas orientações diocesanas de pastoral sustenta que é necessária uma “aposta forte” na formação do clero e dos leigos.
Por isso, o prelado dicoesano propôs nessas orientações, para este ano, uma “verdadeira conversão pastoral em chave missionária” assente em três objetivos específicos: a formação dos agentes pastorais, a caracterização da realidade açoriana, a nível cultural, social e eclesial e a análise e revisão das respostas dos serviços pastorais em conformidade com a nova realidade social.
Quer os retiros quer a formação têm como base inspiradora a exortação apostólica do papa Francisco – A Alegria do Evangelho- e propõem uma “nova” saída da igreja nos Açores para o terreno em nome de “um melhor conhecimento da realidade insular”.
No essencial, o Bispo de Angra exorta a igreja diocesana a fazer “um exame sério de consciência para avaliar a sua capacidade e prática de acolhimento das pessoas” nas várias instâncias eclesiais.
Mobilizado pelos apelos do Papa Francisco, D. António de Sousa Braga diz que é preciso “colocar em chave missionária a atividade habitual e quotidiana da igreja”, o que “levará a uma dinâmica de reforma das estruturas eclesiais” não no sentido de uma “reorganização estática mas como consequência da dinâmica da missão”.
Esta “conversão pastoral só surtirá efeito se houver uma renovação espiritual da igreja”, sublinha, ainda, o responsável pela igreja católica nos Açores.
O retiro anual do Clero, além de ser uma obrigação canónica, é também uma oportunidade para o crescimento espiritual dos presbíteros e para reforçar a unidade com o seu prelado diocesano.
Para fazer um retiro é necessário que haja “disposições interiores, tais como, silêncio, meditação, oração pessoal e entrega para uma revisão de vida, que no caso dos presbíteros diz respeito à renovação do compromisso ministerial assumido no dia da ordenação presbiteral”.
De todos os sacerdotes diocesanos, 10 já participaram este ano no retiro anual de Fátima, entre 10 e 14 de novembro, orientado pelos Padres do Prado, cujo responsável em Portugal é o Vigário Episcopal para a ilha de São Miguel, pe Cipriano Pacheco.
(Notícia atualizada às 20h00 do dia 12 de dezembro)