Em Santa Maria, na paróquia de Nossa Senhora da Purificação, este domingo prepararam-se as candeias
As procissões das candeias em honra de Nossa Senhora, que habitualmente saem à rua para celebrar a devoção, e que este ano por causa da pandemia estão comprometidas, são uma tradição com um forte significado na diocese de Angra.
Este domingo, na paróquia de Nossa Senhora da Purificação, freguesia de Santo Espírito em Santa Maria, a comissão fabriqueira e populares aproveitaram o dia para fazer as tradicionais candeias para a festa que vão celebrar a 7 de fevereiro, embora o dia litúrgico seja esta terça-feira, dia 2.
No Pico e em São Miguel esta devoção é também assinalada com grande fervor, na Candelária, ilha montanha e na Ribeira Grande, Lagoa e Ponta Delgada.
Além da festa propriamente dita há sempre um período preparatório com novenários e tríduos. No Pico, por exemplo, é a única festa religiosa existente no inverno no Concelho de Madalena, a que pertence a freguesia de Candelária.
‘Candeia’ e ‘Candelária’, palavras que significam ‘vela’ ou ‘círio’, são termos derivados do latim ‘candere’ (‘arder’).
Na festa da Apresentação do Senhor [Jesus], também conhecida como festa da Candelária, que a Igreja Católica assinala a 2 de fevereiro, a liturgia prevê a possibilidade de as missas começarem com uma procissão de velas acesas.
O rito deriva da principal leitura bíblica proclamada na celebração, quando um homem idoso chamado Simeão se referiu a Jesus, que estava a ser ritualmente apresentado no templo de Jerusalém, como “luz para iluminar as nações”.