Diocese celebra Jubileus sacerdotais

A Diocese de Angra assinala este ano o jubileu de 12 presbíteros.

Cinco dos 12 sacerdotes diocesanos que este ano assinalam o seu jubileu sacerdotal vão receber uma bênção apostólica do Santo Padre no final de uma celebração que se realiza no dia 27, pelas 9h30, na Sé de Angra do Heroísmo, ilha Terceira.

 

A concelebração eucarística será presidida pelo Bispo de Angra e integra-se no âmbito da jornada de oração pela santificação do Clero.

 

Este ano há 12 sacerdotes na diocese de Angra que comemoram o jubileu da sua ordenação presbiteral e, nesta sexta feira, serão celebrados os 50 anos de ordenação sacerdotal dos Padres Abilio Morais e Pedro Lima e do Cónego António Rego e, os 25 anos de ordenação dos Padres João Bettencourt Neves e João Paulo Brasil.

 

A solenidade do Coração de Jesus, 27 de junho, sendo o dia mundial de oração pela santificação do clero é a data anunciada para a comemoração das bodas de prata e de ouro, concelebração eucarística, a ter lugar na Catedral de Angra, seguida de jantar no Seminário diocesano.

 

Os restantes jubileus têm sido assinalados ao longo do ano, noutras cerimónias como a que decorreu em abril, em Ponta Delgada, aquando da inauguração da Casa betânia em que foram homenageados alguns dos sacerdotes sacerdotes que este ano completavam 60 anos de ordenação, nomeadamente, os padres João Raposo Leite, P. José Gregório Soares de Amaral e P. Manuel Medeiros de Sousa.

 

A efeméride jubilar na diocese de Angra, este ano inclui, ainda, os 65 anos de ordenação sacerdotal de D. Arquimínio Rodrigues da Costa, bispo emérito de Macau, residente na ilha do Pico, Mons. Júlio da Rosa e P. Escobar (recentemente falecido), residentes na ilha do Faial, e o Cón. Artur Pacheco Custódio.

 

A jornada de oração pela santificação do clero coincide com a festa do Coração de Jesus, uma longa tradição da Igreja católica, que este ano celebra 58 anos da encíclica “Haurietis Aquas” de Pico XII, sobre este culto.

 

O documento do Papa Pio XII exortava os crentes a abrirem-se ao mistério de Deus e do seu amor, deixando-se transformar por ele.

 

Embora tenha fundamentos bíblicos, patrísticos e tradicionais, a devoção ao Coração de Jesus só começou a crescer na Igreja nos meados do séc. XVII, em reposta ao rigorismo do jansenismo e, mais tarde, contra o racionalismo e laicismo, favorecida pelo clima sentimental e romântico desses tempos.

 

Para isso concorreram principalmente as revelações a Santa Margarida Maria Alacoque, em Paray-le-Moniale (1672-1675), divulgadas por S. Cláudio La Colombière, o apostolado de S. João Eudes (1601-1680), o eco encontrado na piedade popular e o favor dos Papas.

 

Clemente XIII (1765) concedeu como privilégio a celebração litúrgica do Coração de Jesus à Polónia e Pio IX (1856) estendeu a festa à Igreja universal, que é actualmente celebrada na sexta-feira da 2ª semana a seguir ao Pentecostes, oito dias depois da festa do Corpo de Deus.

A devoção dirige-se à pessoa de Jesus, como sinal vivo do amor de Deus pelos homens, reflectindo-se particularmente na devoção à Eucaristia (especialmente na festa do Corpo de Deus) e a Cristo-Rei.

 

Em Portugal, esta devoção, ligada à devoção das Chagas de Cristo, data pelo menos de 1728 e teve como grande impulsionadora a rainha D. Maria I, que obteve do Papa a prescrição da festa do Coração de Jesus em todo o reino e ergueu em sua honra a Basílica da Estrela.

 

A ligação desta devoção ao Apostolado da Oração também contribuiu para a sua expansão.

 

Na Solenidade do Coração de Jesus realiza-se, também, como já se disse o Dia Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes.

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